Em uma semana, Curitiba registrou mais 27 casos de Hepatite A. O Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde identificou que o surto da doença na cidade é transmitido de pessoa para pessoa, principalmente por relação sexual desprotegida, ou seja, meio do compartilhamento de objetos, mãos contaminadas ou sexo anal/oral entre uma pessoa que adoeceu pelo vírus A da Hepatite e outra saudável. A contaminação acontece pelo contato de fezes com a boca.
De janeiro a 24 de maio de 2024, foram confirmados 255 casos e cinco mortes por Hepatite A na capital paranaense. Um homem de 46 anos passou por transplante hepático em decorrência da doença.
Do total de casos, 193 são homens (76%) e 62 mulheres (24%) entre 19 e 39 anos, que não foram vacinados durante a infância. Desses, 120 foram internados (47%) e 10 precisaram de cuidados intensivos em UTI.
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O diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides Oliveira, alerta para os cuidados mesmo após o tratamento. “As pessoas que tiveram a confirmação de Hepatite A devem redobrar a atenção para não transmitir o vírus aos seus contatos. Mesmo depois de se recuperar da doença, a pessoa continua eliminando o vírus nas fezes por até cinco meses, o que reforça a necessidade de cuidados com a higiene”, explica.
Sintomas
Os sintomas iniciais da Hepatite A são fadiga, mal-estar, febre e dores musculares. Com o passar dos dias, a pessoa contaminada apresenta urina escura, olhos e pele amarelados (icterícia), sinais claros da doença. Os sintomas aparecem cerca de 15 a 50 dias após a infecção.
Vacina
A vacina contra Hepatite A faz parte do calendário infantil de imunização pelo SUS, aplicada a partir dos 12 meses até 5 anos incompletos.
Prevenção
Conheça as principais orientações preventivas:
- Usar preservativos e higienização das mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais.
- Lavar as mãos (incluindo após o uso do sanitário, trocar fraldas e antes do preparo de alimentos);
- Lavar com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
- Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;
- Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
- Usar instalações sanitárias;
- No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária.
- Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;
- Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios