Com 4.371 unidades, Curitiba (PR) é a quinta cidade com maior número de franquias no país, de acordo com a última pesquisa da Associação Brasileira de Franchising (ABF) de 2023. A economia da capital e o poder aquisitivo da população são considerados os principais fatores para a instalação de novas franquias na capital do Paraná.

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Atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, a cidade de Curitiba tem franquias nos mais diversos setores, como beleza, educação, alimentação e eventos. “É uma das principais capitais do país, com muita força em termos econômicos. Assim, o setor de franquias também passa a ter essa força”, afirma André Belz, diretor regional da ABF no Sul do Brasil.

Em 2023, as franquias de Curitiba geraram um faturamento de R$ 5,2 bilhões e 37.714 empregos. “São mais de 4 mil operações de franquias na cidade de Curitiba. É um setor que gera muitos empregos. Quase 40 mil empregos diretos e teve um crescimento em faturamento bastante considerável. Marcas que nasceram em Curitiba e, hoje, não só estão fortes na cidade, como em outras cidades do Brasil. Então, Curitiba é um celeiro de marcas franqueadoras”, analisa.

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O diretor regional destaca que Curitiba tem bairros com alto poder de consumo, locais em que as franquias acabam se estabelecendo muito bem. Além disso, Belz comenta que a capital paranaense é uma cidade que consome o que é oferecido nas áreas de serviços, alimentação, educação e eventos.

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“É uma cidade que vem aumentando muito a questão do turismo, seja corporativo ou eventos. Isso favorece a implantação de franquias.  O segmento de franchising é convidativo e propício”, ressalta.

Pioneira no setor, Go Coffee planeja faturamento de R$ 100 milhões

Uma das franquias curitibanas é a Go Coffee, empresa pioneira no coffee to go, modalidade em que as pessoas compram o café e consomem em outro lugar.

Iniciada em outubro de 2017, a Go Coffee surgiu com um conceito inovador e com expectativa de ser replicada. Mas ainda não havia um planejamento para se tornar uma franquia. “Esse conceito mais inovador existia fora do país, mas ainda não existia aqui essa cultura de pegar o café e sair tomando. Principalmente, por uma questão de horário também. O público está acostumado a só ter padaria para tomar café da manhã às 7h e as cafeterias abriam às 10h30. Então, a gente foi o primeiro a abrir super cedinho e mudar um pouco essa mentalidade”, conta André Henning, sócio-fundador da Go Coffee.

Henning diz que no começo da empresa muitas pessoas já perguntavam se o empreendimento era uma franquia, apesar da primeira só ter sido aberta em 2020. “Várias pessoas quando chegavam na Go Coffee já perguntavam se era franquia e da onde era. O nome é diferente, americano e o estilo tinha uma cara de franquia.”

Após abrir três lojas, um terceiro sócio começou a atuar na Go Coffee com o objetivo de trabalhar na linha de frente para fazer a companhia se tornar uma franquia. A partir do segundo semestre de 2019, a empresa começa a franquear a loja com a inauguração da primeira unidade em março de 2020.

O início da franquia coincidiu com a pandemia da Covid-19. Mesmo com os desafios impostos pela pandemia, o modelo de negócio coffee to go se adaptou ao momento por evitar contato e pela rapidez da entrega do produto. “O nosso serviço se tornou essencial. Então, a gente pisou no acelerador para a venda de franquias”, recorda Henning.

Atualmente, a Go Coffee tem 470 lojas, algumas ainda não foram abertas, em 100 cidades do Brasil. Em Curitiba, são 45 unidades. Segundo o sócio-fundador, a média de novas franquias é de 10 lojas inauguradas por mês. O faturamento da rede de franquias no ano passado foi de R$ 60 milhões. A projeção para este ano é chegar a R$ 100 milhões.

Eloi Ferreira, André Henning e Caio Nardes, sócios da Go Coffee. Divulgação

De Curitiba, Royal Face quer alcançar 310 franquias em 2024 

No ramo da estética e beleza, a Royal Face foi outra marca que deslanchou com a abertura de franquias. Fundada em 2018 em Curitiba, os tratamentos estéticos, como massagem, limpeza de pele e drenagem, atraíram um grande público. Após dois anos, teve início o franqueamento da marca.

Hoje, a empresa está com 264 unidades e espera até o final do ano alcançar 310 lojas em operação em todo o Brasil. “Temos uma presença muito forte no Sul do país, mas é no Sudeste que temos os maiores volumes de unidades”, afirma Andre Alves, CEO da Royal Face.

Royal Face tem 264 unidades. Divulgação

A expectativa da empresa é aumentar o volume de unidades em locais sem franquia e manter o padrão de segurança. Além disso, a companhia prevê um crescimento de 22% a 25% para 2024. “Só usamos produtos de fornecedores mundiais, com estudo científico e comprovação. Temos um centro de treinamento onde todos os franqueados passam por treinamentos. Essa é essência do nosso negócio.”

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