Quem precisa do transporte coletivo e acabou ficando na mão nesta quarta-feira (15), dia de paralisação nacional contra reformas na previdência e trabalhista, ainda pode enfrentar problemas nesta quinta-feira. Desde as primeiras horas da manhã, a frota de Curitiba circula com número reduzido de veículos. Há coletivos circulando, mas longe do número registrado em dias normais.
Segundo balanço da Urbanização de Curitiba (Urbs), responsável por gerenciar o transporte público em Curitiba, 40% da frota de ônibus está circulando nesta manhã. Este número subiu para 52% às 6h30, o que corresponde a 670 ônibus.
Para evitar mais transtornos aos curitibanos, a prefeitura manteve os 870 veículos particulares cadastrados para fazer o transporte de passageiros na cidade. Mas nenhum veículo (sendo particular ou táxis) está autorizado a circular mais pelas canaletas.
Ontem
Nesta quarta-feira, até as 22h, 23% dos ônibus que deveriam estar nas ruas naquele horário estavam circulando. Era um mais da metade do que foi exigido pela Justiça, em decisão liminar. Apenas uma empresa estava cumprindo os 40% de veículos nas ruas, de acordo com a Urbs.
Negociações salariais
Enquanto o Sindimoc pede reajuste de 15% sobre o piso salarial e elevação do vale-alimentação de R$ 500 para R$ 977, a oferta do Setransp, sindicato que representa as empresas de ônibus, é de repor tanto o salário como o vale-alimentação de acordo com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o que representaria 5,43% de reajuste. Segundo o sindicato patronal, não há contraproposta.
