A inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), chega a ultrapassar 12% no acumulado de 12 meses nas capitais e regiões metropolitanas do país.
A maior alta nesse recorte foi registrada em Curitiba (PR). Na região metropolitana da capital paranaense, o IPCA alcançou 12,08% em 12 meses até agosto, mostram dados divulgados nesta quinta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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A pesquisa detalha os resultados de 16 regiões. Em termos gerais, o IPCA subiu 9,68% no mesmo período no Brasil.
Em Curitiba, a maior variação entre os grupos de produtos e serviços foi de transportes. Até agosto, esse ramo, que tem impacto dos combustíveis, acumulou inflação de 20,06%.
Em outras capitais
Depois de Curitiba, Rio Branco (AC) registrou a segunda principal alta entre as regiões: 11,97%. Campo Grande (MS) veio na sequência, com 11,26%.
A outra ponta da lista é ocupada pela região metropolitana do Rio de Janeiro (RJ). No local, o IPCA foi de 8,09% até agosto. Trata-se da variação mais baixa da pesquisa.
De acordo com o IBGE, a inflação está acima de 10% em oito das 16 capitais ou regiões metropolitanas analisadas.
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A escalada do IPCA ganhou corpo ao longo da pandemia. Em um primeiro momento, houve disparada de preços de alimentos e, em seguida, avanço de combustíveis. Alta do dólar, estoques menores e avanço das commodities ajudam a explicar o comportamento dos preços.
Não bastasse essa combinação, a crise hídrica também passou a ameaçar o controle da inflação neste ano. É que a escassez de chuva força o acionamento de usinas térmicas, o que eleva os custos de geração de energia elétrica. O reflexo é a luz mais cara nos lares brasileiros.
Inflação nas capitais
No acumulado de 12 meses, até agosto, em %
- Curitiba (PR) 12,08
- Rio Branco (AC) 11,97
- Campo Grande (MS) 11,26
- São Luís (MA) 11,25
- Fortaleza (CE) 11,2
- Vitória (ES) 11,07
- Goiânia (GO) 10,54
- Porto Alegre (RS) 10,42
- Belém (PA) 9,76
- Belo Horizonte (MG) 9,67
- Recife (PE) 9,65
- São Paulo (SP) 9,12
- Aracaju (SE) 8,79
- Brasília (DF) 8,61
- Salvador (BA) 8,59
- Rio de Janeiro (RJ) 8,09
Fonte: IBGE