Esgotado

Curitiba já tem falta de testes rápidos para covid-19 e Influenza na rede particular

Foto: Pixabay.

A chegada da nova cepa Ômicron da Covid-19 e também da Influenza H3N2 fizeram com que Curitiba registrasse uma queda significativa nos estoques de testes rápidos na rede particular de saúde. Segundo o Laboratório de Análises Clínicas (LANAC), somente na quarta-feira (05) foram realizados 759 testes em suas unidades na capital paranaense.

De acordo com o laboratório, em 12 dias foi esgotado o estoque de todos os testes rápidos para identificação de Influenza A, B e covid-19, simultaneamente. Em novembro e dezembro, o LANAC registrava uma média de 140 testes por dia, entre sorológicos, antígenos e RT-PCR. Na segunda-feira (03), chegou a 554 testes, com uma média de 30% positivados.

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A rede Frischmann Ainsengart também relatou aumento na procura pelos testes. Segundo o laboratório, entre novembro e dezembro, o aumento na procura foi de 18,1%. Por conta disso, houve um aumento no prazo para agendamento dos testes. A Dasa, responsável pela rede, informa que “vem tomando medidas para mitigar esse cenário, como remanejamento de equipe e ampliação da área de atendimento para os casos respiratórios”.

Já na Nissei, rede de farmácias presente na capital paranaense, o aumento foi de 97% na procura por testes de Covid-19 na última semana. Segundo a empresa, na semana de 13 de dezembro de 2021 o resultado positivo aparecia em 3,1% dos exames realizados, no período seguinte o número foi de 7,5%. Já entre os dias 27 de dezembro de 2021 e 02 de janeiro de 2022, 18,6% dos testes realizados tiveram resultado positivo, enquanto na semana do dia 3 de janeiro de 2022 a porcentagem de positivos saltou para 29,4% – praticamente três resultados positivos para cada 10 testes realizados.

Na rede municipal, ainda não há registro de falta nos estoques. Segundo comunicado, a Secretaria Municipal de Saúde “está abastecida com insumos indicados para os protocolos de covid-19 e influenza”.

Fabricante e distribuidores

A FirstLab, fabricante e distribuidora de produtos e equipamentos para Laboratórios de Análises Clínicas, relata que vendeu cinco vezes mais testes rápidos de Covid em Curitiba do que no mês todo de dezembro. No Paraná esse número é ainda maior, foram 32 vezes mais neste mesmo período.

Segundo o gerente administrativo da Firstlab, Emerson Santos, além do aumento da busca, a falta é causada pela necessidade de importação do produto. “Com certeza está faltando teste. Esse é um mercado abastecido pela importação e as empresas precisam de um tempo maior para repor estoque e produzir aqui no país. Isso foi causado pelo aumento da procura, que foi desproporcional, já que o volume de testes realizados tinha caído”, explica.

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