Na Copa

Curitiba foi a cidade-sede com maior geração de empregos

Curitiba foi a capital com melhor desempenho na geração de empregos no período de janeiro a maio deste ano, entre as 12 cidades-sede da Copa do Mundo 2014. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que o saldo de empregos (diferença entre o número de vagas abertas e fechadas) em Curitiba cresceu 1,88%, em comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto a média das 12 cidades foi de 0,73%. Esse crescimento corresponde à criação de 14.265 vagas na cidade – número que inclui empregos em segmentos diretamente relacionados à Copa, como hotéis, bares e restaurantes, em que Curitiba também aparece em primeiro lugar.

“A Copa do Mundo trouxe um aquecimento para a nossa economia e ainda reforçou internacionalmente a imagem de Curitiba por sua eficiência e organização”, afirma a vice-prefeita e secretária municipal do Trabalho e Emprego, Mirian Gonçalves. Estimativas da Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego da Prefeitura de Curitiba apontam que entre janeiro de 2012 e março de 2014 foram criados na cidade 20.400 empregos em obras e serviços voltados para a realização da Copa do Mundo, o que representa um acréscimo de mais de R$ 30 milhões na massa salarial local.

Levando em conta apenas o período de janeiro a maio deste ano, os dados do Ministério do Trabalho mostram que Curitiba teve o melhor desempenho entre as 12 cidades sede da Copa em três dos quatro setores econômicos. O destaque foi o setor de serviços, com geração de 11.803 empregos e crescimento de 3,02%, enquanto a média das 12 cidades ficou em 1,57%.  O economista Cid Cordeiro, o assessor econômico do gabinete da vice-prefeita, destaca a geração de vagas no segmento de hotéis, bares e restaurantes, diretamente ligado à Copa. “Curitiba foi a cidade sede da Copa com maior geração de emprego nessa área. Foram criadas 1.015 vagas de janeiro a maio, acima de Belo Horizonte, com 541, e Fortaleza, com 294 vagas”, informa.

No comércio, Curitiba foi a única cidade sede com saldo positivo (crescimento de 0,48% de janeiro a maio; a média foi de -1,44%).

Na construção civil, Curitiba também liderou, com crescimento de 7,25% no saldo de empregos, contra média de 3,61% nas 12 cidades sede. Curitiba só teve desempenho negativo na indústria de transformação, com queda de 1,83% no saldo de emprego, enquanto a média foi de 2,32%.

Preparação

Os 20.400 empregos gerados na fase de preparação para a Copa equivalem ao total de vagas ofertadas pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine) na cidade em um ano. Foram criados 15.900 empregos na fase de preparação para a Copa (obras e infraestrutura) e 4.500 empregos na fase de realização do evento.

De acordo com Cid Cordeiro, apenas 1,3% (1.555) desses trabalhadores foram admitidos por prazo determinado.

Só as obras viárias do PAC da Copa abriram 1.300 empregos diretos e 3,9 mil indiretos: nas obras da Arena da Baixada foram criado 5.523 empregos diretos e indiretos; nas obras do Aeroporto, 800 empregos diretos e 2.400 indiretos; e nas obras viárias sob responsabilidade do governo do Estado, 475 postos diretos e 1.425 indiretos.

Os investimentos públicos (em obras) e privados (nos negócios) somaram R$ 539 milhões, dos quais 62% bancados com recursos próprios e 38,26% com financiamento.

Para Cordeiro, o mercado de trabalho tende a se manter aquecido em Curitiba, com o chamado “Natal da indústria” (período de produção para as vendas de fim de ano), as campanhas políticas e os investimentos do Município em obras de mobilidade.

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