Curitiba é uma das duas cidades escolhidas pelo Ministério da Saúde para receber um projeto-piloto que pretende aumentar o número de testes de covid-19 por dia. Apesar disso a capital paranaense ainda não sabe quando receberá equipamentos e nem quando implementará o programa. No fim de semana, a pasta havia sugerido que a ação iniciaria “nos próximos dias”.
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De acordo com o Ministério, Curitiba e Rio de Janeiro devem receber máquinas da Fundação Oswaldo Cruz para realizar testes em massa na população. As cidades servirão como balão de ensaio para um projeto maior, de espalhar centros de coleta e análise de emergência por todo o país, de forma a acelerar a avaliação de pacientes com sintomas leves. Atualmente, o país consegue processar 4,2 mil amostras por dia. O objetivo é chegar a algo entre 30 mil e 50 mil amostras.
A informação foi dada no sábado (11), pelo então secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, que pediu demissão nesta quarta-feira (15).
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Até a tarde desta terça-feira, no entanto, os equipamentos e diretrizes do ministério não haviam sido repassadas à capital paranaense. Secretaria Estadual e Secretaria Municipal de Saúde afirmaram que nem o Paraná e nem Curitiba receberam direcionamento federal, tampouco os kits da Fiocruz. O Ministério da Saúde não respondeu aos questionamentos da reportagem.
Testes em massa
De acordo com as informações de Wanderson Kleber de Oliveira, o Ministério pretende que um atendente ou até mesmo uma gravação entre em contato com a população, por telefone, para checar possíveis sintomas. Caso eles existam, a pessoa será orientada a ir a um posto de coleta. “Na unidade, vai ser coletada a amostra da pessoa. O resultado vai chegar para ela em até 36 horas depois, pelo celular. Queremos que esse prazo seja até menor, de até 24 horas”, disse, durante coletiva.