Capacitação

Curitiba discute fluxo de atendimento para eventuais casos de microcefalia

Apesar de ainda não ter sido registrado nenhum caso de zika em gestantes ou de microcefalia associada ao vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti em Curitiba até o momento, a Prefeitura do município já está se preparando para identificar e atender melhor os casos se e quando eles começarem a aparecer na capital paranaense. 

Para isso, a Secretaria Municipal da Saúde promoveu um encontro para estabelecer o fluxo de atendimento a pacientes com suspeita de microcefalia e infecção congênita – transmitida pela mãe ao filho durante a gravidez – causada pelo zika vírus. Participaram cerca de 60 pessoas, incluindo profissionais de hospitais e de maternidades de Curitiba. O órgão entende que os serviços de saúde da cidade precisam estar preparados para enfrentar situações do gênero, que já causam preocupação em várias regiões do País.

O secretário municipal da Saúde, César Titton, disse que é fundamental revisar os fluxos de atendimento aos pacientes e alinhar as ações com as instituições e os profissionais que atuam na cidade. O presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná, Luiz Ernesto Pujol, também participou do evento. “Consideramos de grande relevância a discussão sobre o assunto, de modo que o esclarecimento científico esteja devidamente sedimentado para evitarmos situações alarmistas”, afirma. Pujol garante que a comunidade médica está alinhada às iniciativas da Secretaria Municipal da Saúde.

A apresentação das informações sobre o tema ficou por conta de Marion Burger, médica do Centro de Epidemiologia da secretaria. Ela falou sobre o quadro clínico dos pacientes com zika e sobre os cuidados no diagnóstico da microcefalia. “Todos os serviços, públicos e privados, devem estar preparados para atender possíveis casos”, diz ela.

Para a médica infectologista Marta Fragoso, gerente de Risco dos Hospitais Vita Batel e Curitiba, o evento foi muito produtivo e esclarecedor. “É importante estar consciente de que podemos vir a ter casos de microcefalia e é sempre de extrema importância se adiantar, reunir especialistas, alertar sobre a necessidade de notificação dos casos e que todos conheçam o fluxo adequado”, disse a médica.

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