Em comemoração aos 332 anos de Curitiba, o Departamento de Gestão do Arquivo Público, vinculado à Secretaria de Administração e Tecnologia da Informação, está compartilhando diariamente imagens históricas da capital paranaense no portal da Prefeitura. Essa iniciativa oferece aos curitibanos uma viagem no tempo, revelando momentos marcantes da evolução da cidade.
Santos Dumont: Um Visitante Ilustre em 1916
Uma das fotografias mais intrigantes mostra o pai da aviação, Alberto Santos Dumont, em visita a Curitiba em maio de 1916. O inventor mineiro, facilmente identificável como o homem mais baixo na imagem, hospedou-se no Grande Hotel Moderno, na Rua XV de Novembro. Sua presença causou alvoroço entre os admiradores locais, que se aglomeraram para vê-lo.
O propósito da visita de Santos Dumont era nobre: convencer o então presidente do Estado, Affonso Alves de Camargo, a desapropriar terras próximas às Cataratas do Iguaçu. Seu pedido foi atendido, demonstrando a influência do aviador. Durante sua estadia, Santos Dumont também visitou a Catedral e assistiu a uma partida de futebol em um colégio que levava seu nome.
A Pedreira Paulo Leminski: Ícone Cultural

Outra imagem fascinante retrata um concerto experimental realizado em janeiro de 1974 na área que viria a se tornar a famosa Pedreira Paulo Leminski. Localizada entre os bairros Abranches e Pilarzinho, a pedreira encerrou suas atividades em 1970, mas só foi inaugurada como espaço de espetáculos em 1990, pelo então prefeito Jaime Lerner.
Com impressionantes 103,5 mil metros quadrados e capacidade para 30 mil pessoas, a Pedreira Paulo Leminski se estabeleceu como o maior espaço para shows ao ar livre da América Latina, recebendo desde então inúmeros artistas nacionais e internacionais.
Colonos e o Desenvolvimento de Curitiba

Uma fotografia do início do século 20 captura a essência do desenvolvimento de Curitiba, mostrando colonos com suas carroças nas proximidades da Catedral. Esse registro ilustra o papel crucial dos imigrantes, principalmente italianos e poloneses, que se estabeleceram em colônias a partir de 1870, impulsionando a produção de alimentos para abastecer a crescente população curitibana.
Essas colônias eventualmente se transformaram em bairros icônicos como Santa Felicidade e Santa Cândida. Os colonos transportavam suas colheitas em carroças até o antigo Mercado Municipal, localizado na Praça Generoso Marques, que funcionou até 1914. O edifício foi então substituído pelo Paço Municipal, hoje sede de uma unidade do Serviço Social do Comércio (Sesc).
