Um alerta emitido pelo Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) pede para que a população não baixe a guarda e até redobre a prevenção do coronavírus. Segundo o órgão, as próximas semanas devem ser de cuidado máximo e o alerta chega, segundo o médico Roberto Issamu Yosida, presidente do CRM-PR, em um momento importante, no qual muitos estão no limite por causa do isolamento social.
“Esse é um momento importante, porque estamos no limite de todos. Ocorre uma certa intolerância e também um esgotamento das medidas sanitárias. Fizemos um reforço na medida individual. Cada pessoa pode fazer o que nós recomendamos e isso se reflete, de 15 a 20 dias, na coletividade”, explica o presidente do CRM-PR.
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No boletim do coronavírus de sexta-feira (31), a secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, apontou que Curitiba pode estar entrando em um platô, quando o número de casos não aumentam significativamente, mas também não cai. Por isso, reforçou a secretária, os curitibanos devem manter todas as precauções para que a capital consiga baixar a curva de casos. Mas, reforça a secretária, isso só vai ocorrer se todos se cuidarem.
São três medidas individuais que refletem no coletivo e serão fundamentais para a queda no contágio, já bem conhecidas pela população. Mesmo assim, vale o reforço do dr. Yosida. “São medidas que todos podem tomar: distanciamento social, uso de máscara e higiene frequente das mãos. São três itens que cada indivíduo pode fazer e que certamente trará um reflexo para toda a comunidade. Ao invés de ficarmos discutindo se tem medicamento, se tem vaga na UTI o melhor como tudo na medicina é prevenir”, enfatiza o presidente do CRM-PR.
O pico do coronavírus chegou?
Segundo Yosida, ainda é difícil afirmar se o pico de casos de covid-19 já foi alcançado em Curitiba. “Não se pode afirmar categoricamente que já estamos no limite da curva. O momento é importante para fazermos medidas. Como não se pode ter certeza no momento, as medidas devem continuar”, ressalta o médico.
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Apenas o mês de julho, por exemplo, concentrou 66% das infecções e 60% das mortes por covid-19 no Paraná. Ao todo, o mês passado registrou 50.152 novos casos e 1.152 pessoas que perderam a vida na pandemia no estado, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).
Julho também concentra os três piores indicadores de casos e de óbitos em 24 horas: 2.538 no dia 30, 2.242 no dia 21 e 2.221 no dia 9. Já o de óbitos foram 59 no dia 21, 52 nos dias 20 e 28 e 46 no dia 6. Apenas dois dias registraram índices menores do que mil casos: dia 26, quando foram 930 casos, e 248 casos no dia 31.