Seu Valdemar Antunes de Lima, e sua parceira de dança dona Nádia Ribeiro, saíram animados de casa nesta sexta-feira (28). Destino? O Baile da Melhor Idade que aconteceu no Tatuquara. Ele não gosta de ser chamado pelo nome, “eu não sou conhecido como Valdemar, só me conhecem por Cowboy de aluguel”, conta ele que resistiu em dizer o nome à nossa reportagem.
O casal dança junto há mais de seis anos, sempre caracterizados eles afirmaram que aonde tem música, lá estão eles. “Onde tem baile nós vamos. Ficamos sabendo desse baile pela Tribuna e já descobrimos aonde seria. Saímos lá de Pinhais pra vir aqui dançar”, disse animada dona Nádia.
O “Cowboy de aluguel” hoje estava vestido com trajes tipicamente gaúcho, para ele a roupa faz parte da dança, inclusive dançar pra ele é quase uma profissão. “Eu gosto de estar sempre caracterizado, até porque nos bailes eu ensino as mulheres a dançar. Cobro o valor de R$ 10 e dou uma aula de dança com direito a vários ritmos”, explicou. Ele afirma orgulhoso que já ensinou muitas senhoras a dançar, inclusive a Nádia.
“Aprendi com ele, hoje eu amo. Tenho mais disposição e muito mais saúde, já emagreci 12 quilos. Esse baile foi ótimo, fizemos bem em vir até aqui”, disse Nádia.
Projeto Dança Curitiba
O Baile da Melhor Idade faz parte do projeto Dança Curitiba, promovido pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer e que conta com o apoio da Tribuna. Aproximadamente 80 pessoas participaram do evento nesta tarde. Teve muita música, diversão, sorteio de brindes e a escolha da rainha da melhor idade. No baile de hoje os homens estavam mais tímidos, nenhum quis disputar a faixa de rei da melhor idade.
Dona Neusa Camargo, se aposentou há pouco mais de um mês. Agora a obrigação dela é se divertir. “Já participava de algumas atividades, agora vou aproveitar muito mais. E já comecei hoje, daqui pra frente quero conhecer pessoas que gostam de aproveitar a vida”, afirmou entusiasmada. Ela foi eleita a rainha da melhor idade no Tatuquara e desfilava orgulhosa a faixa.
Bruno Boschilia é chefe de núcleo da Regional do Tatuquara, para ele trabalhar com esse público da melhor idade é um privilégio. “É muito gratificante. Eles são muito carinhosos com a gente, são participativos, não faltam às aulas. É muito bom desenvolver trabalhos e projetos para os idosos”, afirmou.
