O Grupo Bitcoin Banco (GBB), uma das mais importantes corretoras de criptomoedas do país e que tem sede em Curitiba, foi alvo nesta terça-feira (20) de mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça em processo que envolve um possível caso de fraude ligado à empresa. O grupo é o mesmo que em maio alegou ter sido alvo de um golpe com prejuízo de mais de R$ 50 milhões.
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Pelo menos três viaturas da Polícia Militar (PM) deram apoio nesta manhã à chegada do oficial de Justiça na sede da empresa na Rua Carlos de Carvalho, Centro de Curitiba. As buscas foram autorizadas pela 17ª Vara Cível com base em acusações feitas por duas clientes. As mulheres têm juntas investimentos na ordem de R$ 1,4 milhão e alegam que desde maio, quando a companhia anunciou ter sido vítima de um golpe investigado pela Polícia Civil, o valor permanece retido.
Em uma das primeiras análises do caso, em 17 de julho, o juiz substituto Adriano Vieira de Lima estabeleceu prazo de dez dias para que o GBB, que detém sob seu guarda-chuva os negócios das empresas Negocie Coins e TemBTC, autorizasse a transferência do montante para outra empresa de comércio de bitcoins da preferência das duas clientes.
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No despacho, o juiz ressalta que, embora a empresa tivesse prometido uma liberação gradual dos valores logo após afirmar ter sido vítima de um golpe, “nenhuma forma de saque ou transferência para outra exchange foi possível”. “É como se a corretora permitisse as operações de compra e venda de ações, porém não pagasse seus investidores, retendo as ações e valores”, comparou a uma operação na bolsa de valores o juiz no despacho.
O advogado das clientes que moveram a ação, Daniel Borghetti, foi procurado, mas não retornou o contato até a publicação desta reportagem.
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Já o GBB se manifestou por nota e se defendeu das acusações. A empresa afirmou que desde que tornou público o suposto golpe que teria sofrido tem adotado ações para superar os efeitos da fraude e regularizar o pagamento dos saques solicitados. O pronunciamento não se refere às clientes autoras da ação, mas enfatiza que a companhia “tem estado à disposição de seus clientes e da Justiça desde o início da crise que afetou sua operação, e que foi denunciada à autoridade policial”.
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