Funcionários dos Correios estão em greve a partir desta terça-feira (18) e a população vai ser impactada com a paralisação de quase 6 mil pessoas no Paraná. O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicações Postais, Telegráficas e Similares do Paraná (Sinticom-PR), realizou na noite de segunda-feira (17) uma assembleia que determinou esta ação por tempo indeterminado. Os trabalhadores reclamam da exclusão de 70 dos 79 benefícios estipulados pela categoria que teria vigência até 2021 e a falta de equipamentos de proteção contra o novo coronavírus como álcool gel e testes.
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Segundo o Sinticom-PR, a adesão na greve atingiu 70% dos funcionários, mas com o passar do dia, o aumento no volume da paralisação vai aumentar. A recomendação do sindicato é que os trabalhadores não façam greve na frente das agências dos Correios, evitando aglomeração durante a pandemia. Antônio Orlando Vonchak Batista, diretor do sindicato, relata que o momento é de reflexão dentro de casa e que o Governo Federal precisa olhar com mais carinho estes profissionais que estão todos os dias nas ruas.
“É uma greve de pijama, mas seguimos na luta por condições melhores. Quando chegou a pandemia e foi colocado como serviço essencial, o Governo Federal demonstrou irresponsabilidade e muitas famílias choram por isto. Vários carteiros levaram a doença para casa sem saber e por não ter a condição ideal de proteção. Além disto, tivemos redução ou exclusão nos benefícios. Em alguns casos, 42% do salário diminuiu”, disse o diretor.
E minha encomenda?
O impacto da greve vai ser sentido pela população que não vai ter a entrega ou chegada da correspondência no local desejado. Setores de operação, administrativo e entrega (carteiros) estão parados. “Infelizmente a pessoa vai ser impactada, pois é o ciclo final de uma ferramenta como a greve. Não se tem resultado se não atingir o número maior de pessoas e estamos tendo apoio da categoria como foi verificada na Assembleia que foi realizada pelo Facebook ”, comentou Antônio Orlando Vonchak Batista.
Para encerrarem a greve, os sindicatos exigem que os Correios voltem a negociar a retomada dos benefícios. Em nota, a assessoria de imprensa da empresa pública federal reforçou que os Correios não pretendem suprimir direitos dos empregados. A empresa propõe ajustes dos benefícios concedidos ao que está previsto na CLT e em outras legislações. Sobre as deliberações das representações sindicais, os Correios ressaltam que possuem um Plano de Continuidade de Negócios, para seguir atendendo à população em qualquer situação adversa.