O corpo de uma menina de 1 ano e 1 mês foi roubado do Cemitério Municipal do Boqueirão no final da manhã desta sexta-feira (22). A criança, que foi sepultada na tarde de quinta-feira (21), não chegou a completar um dia no túmulo. Segundo informações dos familiares, além da morte da menina não está bem esclarecida, o roubo está cercado de mistério.
A tia da criança, Adriane Cristiane de Souza, conta que a família ainda não digeriu o falecimento, e agora espera respostas da polícia para poder fazer seu luto. “Buscamos hoje uma resposta. A gente não está podendo nem chorar, porque foi tão rápido o que aconteceu que ninguém acredita. E quando a gente pensa que enterrou e vai poder ter seu momento, você não tem, foi tirado pela segunda vez”, disse.
Segundo a tia, as circunstâncias do falecimento são estranhas. A menina teve febre baixa na terça-feira (19) e foi atendida na unidade de pronto-atendimento 24 horas do bairro. Voltou pra casa medicada, mas seu quadro se agravou na quarta-feira (20). Quando recebeu atendimento novamente na unidade de saúde, foi pedida uma ambulância do Samu para transferi-la para o Hospital de Clínicas (HC), pois seu quadro já era grave. A menina não aguentou o transporte e acabou falecendo antes de ser internada na UTI do HC.
Além da incerteza sobre a causa da morte da sobrinha, Adriane diz que o roubo do corpo também intriga os familiares. “Estava aberto o túmulo dela, só tinham as flores e mais nada. No final do corredor, estava o lacre da porta do caixão. A gente acha que a pessoa foi com a intenção de roubar ela mesmo, porque abriu para olhar o rostinho”. Para ela, existe a hipótese do corpo ter sido roubado para ser usado em algum ritual. “Fica aquela coisa, tem esses rituais, essas coisas, e ela era um bebê, um anjinho”.
A suspeita, segundo o que contaram para ela, é de que um senhor de idade tenha sido o responsável pelo crime. “Uma testemunha disse que foi vista uma pessoa, de idade, entre 60 e 70 anos, com algo branco na mão saindo do cemitério”, contou.
Emocionada, a tia revela que a família quer poder velar a garota e seguir em frente. “Tiraram a vida dela, depois tiraram o corpo. E a gente fica assim, sem resposta”.
A prefeitura, em nota, afirma que a Guarda Municipal atendeu o caso, que será investigado da Polícia Civil”.
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