Depois de passar a noite de sábado pescando e bebendo à beira das cavas do Rio Iguaçu, no bairro de mesmo nome, em Fazenda Rio Grande, com o primo e alguns amigos, Adriano Lopes, 19 anos, resolveu nadar nas cavas pela manhã. Porém, afundou na água e não conseguiu mais voltar à superfície.
Segundo o primo de Adriano relatou à Polícia Civil, o jovem estava alterado por causa da bebida. Quando entrou na água, não conseguiu nadar e afundou. No local do afogamento, próximo à Rua Rio Tietê, as cavas têm cerca de quatro metros de profundidade.
Logo após o acidente, o Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost) do Corpo de Bombeiros precisou ser acionado para retirar o corpo da água. Apesar de encontrarem a vítima rapidamente, Adriano estava sem vida.
Cavas
O mergulho nas cavas é proibido e há placas que alertam do perigo. Mas os avisos são ignorado por muitas pessoas, que lotam as áreas nos dias mais quentes. Diferente de praias, piscinas e mesmo rios, as águas são turvas e não permitem enxergar o fundo, irregular e cheios de galhos e lodo que podem prender os pés do banhista. Mesmo quem sabe nadar é pego de surpresa por buracos de até 20 metros de profundidade.
Na segunda-feira da semana passada, no Caximba, próximo de uma Olaria, as cavas fizeram mais uma vítima. Miguel Alfa Rihayem, 14 anos, e mais dois amigos tinham acabado de sair da aula e decidiram se refrescar do forte calor nas águas turvas. Miguel nadava num local raso, mas repentinamente caiu num buraco com cerca de 15 metros, se debateu e não conseguiu voltar. Funcionários da olaria contaram que, apesar dos alertas que fazem aos banhistas, mais de 30 crianças brincam nas águas das cavas nos dias de calor.
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