A exumação do corpo de Tayná Adriane da Silva, 14 anos, morta no fim de junho, foi realizada ontem por dois médicos do Instituto Médico-Legal, acompanhada por dois promotores, no Cemitério Ecológico Jardim da Colina, Colombo. O exame levantou indícios que podem dar novos rumos à investigação, segundo o Ministério Público. Porém, detalhes não foram divulgados pela promotoria.
“Precisávamos complementar provas a respeito de lesões no cadáver e também para esclarecer dúvidas com relação às suspeitas de violência sexual”, comentou o promotor Paulo Sérgio Markowicz. Desde segunda-feira o pedido de exumação, feito pela promotoria, havia sido aceito pela juíza Aline Passos, entretanto, devido ao mau tempo, o procedimento foi feito somente ontem.
Aleatórios
Os médicos que fizeram a exumação foram nomeados pela juíza, que escolheu os nomes aleatoriamente em uma lista. O procedimento durou cerca de duas horas e o corpo foi novamente sepultado. Há poucas semanas, o MP havia descartado a necessidade de um novo exame no cadáver. “O pedido de exumação não foi em questionamento ao trabalho do Instituto de Criminalística e do IML. Porém, entendemos que eram necessários mais esclarecimentos, de outro modo, sempre restaria a dúvida de porque a exumação não foi feita. Além disso esse era um desejo da família de Tayná”, declarou Paulo Sérgio.
A promotoria deve encaminhar, na sexta-feira, novo pedido de prorrogação do prazo para conclusão do inquérito, que volta para as mãos da Polícia Civil. Serão requeridos mais 30 dias, para que laudos da exumação fiquem prontos e também para que depoimentos pendentes sejam colhidos. Depois deste prazo, os promotores ainda têm 15 dias para fazer nova análise das provas.
Pedido negado
Na terça-feira, a juíza havia negado o pedido de exumação do corpo, feito pelo advogado da família da garota, Luiz Janiszewski. A resposta negativa aconteceu porque ela já havia autorizado a exumação, a pedido do MP-PR, um dia antes.
