Saúde sanitária

Coronavírus encontrado em esgoto não é infeccioso, alerta UFPR

Foto: Pixabay.

Após informar sobre o grande aumento observado na carga de Sars-CoV-2 no esgoto de Curitiba na última semana de 2021, que registrou 31 vezes a carga detectada na semana anterior, a Rede Monitoramento Covid Esgotos, equipe técnica do projeto vinculada à Universidade Federal do Paraná (UFPR), esclareceu que, embora o vírus Sars-CoV-2 (causador da Covid-19) possa ser detectado no esgoto, ele não está na forma ativa e infecciosa.

De acordo com a pesquisa recentemente publicada por Sobsey, que realizou uma ampla revisão de diversos estudos científicos, não há evidência documentada que o vírus Sars-CoV-2 tenha capacidade de infecção e replicação quando presente em resíduos fecais, esgoto sanitário e na água. O autor também destaca que nunca foi relatada a infecção por Covid-19 por esses meios de exposição.

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Além disso, o sistema de esgotamento sanitário é separado do sistema de abastecimento de água, não havendo, portanto, possibilidade de contaminação da água potável pelo esgoto, pois o controle de riscos de contaminação do sistema de abastecimento pelo sistema de esgotamento segue normas técnicas desde seu projeto à sua construção e operação.

Desta forma, reiteramos que as partículas virais detectadas e quantificadas pela Rede Monitoramento Covid Esgotos são apenas indicadores da infecção de pessoas pela Covid-19, com vistas à vigilância epidemiológica, e não representam risco de infecção adicional, não sendo necessário cuidados adicionais em relação à água potável (ferver água, cuidados com banho e higiene bucal), conforme divulgado em informações equivocadas por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas.

O manejo do esgoto, contaminado ou não com o coronavírus, requer cuidados rotineiros uma vez que diferentes agentes patogênicos podem estar presentes em sua composição, oferecendo riscos biológicos e caracterizando, normalmente, condições de insalubridade. Por isso, os profissionais que atuam na área precisam estar devidamente capacitados para executar suas funções de acordo com as boas práticas convencionalmente adotadas para proteção individual e coletiva.

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