A pandemia do novo coronavírus chegou de forma avassaladora a Curitiba. Segundo a secretária municipal de saúde, Márcia Huçulak, desde o final de junho os casos e óbitos aumentaram, estes, inclusive, chegaram a dobrar em questão de 17 dias. Com o aumento dos casos a situação torna-se ainda mais preocupante, já que os 3.779 casos ativos da doença poderão dobrar na próxima semana.
“Estávamos esperando desde de março a chegada da pandemia e ela veio de uma forma avassaladora, como uma espiral crescente, para cima e rápido. Isso nos preocupa muito”, disse a secretária na live desta quarta-feira, dia em que Curitiba alcançou 8.426 casos confirmados e 216 óbitos desde o começo da pandemia, em março.
Esse crescimento da doença, que pode atuar de forma agressiva no organismo do paciente em alguns casos, reforça a importância das únicas medidas que podem conter o avanço do coronavírus: uso de máscaras, distanciamento social, mudança de comportamento e atenção aos sintomas da doença, por mais leves que eles sejam.
“Nariz escorrendo, corpo mais quente, sensação de febre, dor no corpo, perda de paladar ou olfato. Não banalize, não ache que é apenas uma gripe. É sério”, reforçou a secretária. Estando atento aos sintomas, o cidadão evita a transmissão do vírus. “Fique isolado e na sua casa para não contagiar familiares”, ressaltou Márcia Huçulak. A contaminação intra-familiar preocupa as autoridades desde o começo da pandemia.
Casos podem dobrar em Curitiba
A médica infectologista da prefeitura de Curitiba, Marion Burger, alertou para o risco dos casos confirmados de coronavírus dobrarem na próxima semana na capital. “São 3.779 pessoas com a doença ativa, ou seja, potencialmente transmitindo para outras pessoas. Ressaltamos que se cada uma dessas pessoas transmitir para outras duas, em uma semana teremos o dobro de casos”, explicou Burger.
Por isso, é importante o cuidado para que os casos não aumentem. “Temos que tentar reduzir os casos novos e consequentemente aquele percentual de 20% dos casos confirmados que tem complicações, para que estes não sejam seus parentes”, alertou a infectologista.
Deixa o vento entrar
Muito tem se falado nos últimos dias sobre a transmissão do coronavírus pelo ar. Segundo a infectologista, manter janelas abertas ajuda a reduzir esta possibilidade de contágio. “Existe a possibilidade desse vírus ficar no ar, por isso é tão importante arejar os ambientes, pelo menos 4 a 5 vezes por dia abrir toda a casa, abrir todo o ambiente, todo o ônibus para garantir a troca daquele ar para que aqueles vírus em suspensão não sejam inalados”, explicou.