Nesta sexta-feira (30), a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba confirmou a segunda morte por coqueluche em 2024. Trata-se de um bebê, do sexo feminino, de cinco meses de idade, que morreu em decorrência de complicações da doença no último domingo (25). Desde 2013, Curitiba não registrava mortes pela doença.

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A doença foi diagnosticada e a criança foi medicada, recebendo todos os recursos terapêuticos ao buscar atendimento na rede de saúde do município (unidade de saúde) e também na região metropolitana (UPA e hospital). Não há registro de que a vítima tivesse alguma comorbidade. Além de positivo para Bordetella pertussis – bactéria que causa a coqueluche -, o bebê também positivou para influenza – vírus da gripe.

“Ela estava sendo acompanhada com sintomas respiratórios em uma unidade de saúde nossa, então estava sob monitoramento e com diagnóstico da doença, mas teve um agravamento e os pais acabaram levando ela numa Unidade de pronto atendimento da Região metropolitana, onde eles moram e onde era de mais fácil acesso para eles, e ela teve uma piora, foi encaminhada para hospital na região metropolitana e infelizmente evoluiu para o óbito”, disse Diego Spinoza, epidemiologista da Secretaria de Saúde de Curitiba no telejornal Meio Dia Paraná, da RPC, desta sexta-feira.

A primeira morte por coqueluche em 2024 em Curitiba foi registrada recentemente. O óbito aconteceu em 18 de agosto e foi confirmado pela SMS no dia 22 de agosto. Nesse caso, o bebê, do sexo masculino, de três meses de idade, havia nascido com 27 semanas (prematuro extremo), tinha comorbidades e não tinha recebido nenhuma dose da vacina penta.

Coqueluche tem 19 casos confirmados em Curitiba em uma semana

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O Brasil vive um surto de coqueluche. Em todo o Paraná, já são 249 casos neste ano, além de outra morte registrada em Londrina, no mês de julho.

Em Curitiba, além de dois óbitos confirmados, foram registrados até 28 de agosto, 111 casos de coqueluche em 2024 – 19 deles novos em relação à última semana. A faixa etária atingida varia de 26 dias de vida a 83 anos. A última vez que o município havia tido casos da doença havia sido em 2020. 

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Uma pessoa contaminada pode infectar de 12 a 17 outras pessoas, sendo que a transmissão ocorre pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar.

Por isso, a SMS recomenda atenção em relação à vacinação e ao protocolo sanitário para doenças respiratórias, com medidas tais como: arejar os ambientes, uso de máscaras por pessoas com sintomas respiratórios, higienização das mãos e evitar aglomerações. A orientação é ainda mais importante para quem vai visitar bebês recém-nascidos. Caso tenha sintomas respiratórios, o ideal é adiar a visita.

Como identificar os sintomas da Coqueluche?

Os sintomas da coqueluche se confundem com os de outras doenças respiratórias, com coriza, tosse seca, febre baixa, mal-estar geral. Em casos mais moderados ou graves, mais comuns em crianças, a tosse se apresenta de maneira bem característica. A crise de tosse pode ser tão intensa que pode comprometer a respiração, provocar vômito ou cansaço extremo. Por isso a doença é popularmente conhecida como “tosse comprida”.

Pessoas com sintomas podem procurar a unidade de saúde ou, em casos mais graves e urgentes, diretamente uma UPA. Outra alternativa, para casos leves, é entrar em contato pela Central Saúde Já Curitiba, pelo telefone 3350-9000, de segunda a sexta-feira, das 7h às 22h; e aos sábados e domingos, das 8h às 20h. O tratamento da coqueluche é feito com antibiótico.

Vacina contra coqueluche está disponível em todas as unidades de Curitiba

A vacina contra a coqueluche está disponível nas 108 unidades de saúde. Nas crianças, o esquema vacinal é realizado com a vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pela bactéria H. influenzae tipo B, com três doses, aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de idade.

O reforço é feito com a vacina DTP, versão do imunizante contra difteria, tétano e coqueluche, aplicada aos 15 meses e outra dose aos 4 anos.

Vacinação das gestantes

Em adultos, a vacina aplicada de rotina é a dTpa em gestantes, puérperas (mulheres que tiveram filhos há 45 dias) e profissionais de saúde.

É essencial que gestantes e puérperas sejam imunizadas para proteger os recém-nascidos. O ideal é que a gestante seja imunizada a partir da 20ª semana de gravidez. No caso do segundo óbito registrado em Curitiba, embora o bebê tivesse recebido a primeira dose da penta, a mãe não havia se vacinado.

Para gestantes, mesmo que a mulher tenha sido vacinada em gestações anteriores, essa vacina deve ser aplicada em cada período gestacional. O objetivo é garantir a imunidade para a criança.

Vacina também está disponível para trabalhadores da educação

Com o surto nacional de coqueluche e determinação do Ministério da Saúde, a vacina dTpa está sendo ofertada a todos os trabalhadores de estabelecimentos públicos e privados que atuam em berçários e creches com atendimento de crianças até 4 anos de idade.

Sendo elegível para vacinação, o trabalhador deverá comparecer a um ponto de vacinação, levando documento pessoal com foto e comprovante da vinculação com esse perfil de atendimento.

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