Tensão

“Contratada pra dar um tiro na cabeça”, ameaça em Câmara na RMC vira alvo do Gaeco

Câmara de Fazenda Rio Grande. Foto: Google Street View.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, cumpriu quatro mandados de busca e apreensão de uma operação que apura supostas ameaças dirigidas ao presidente da Câmara Municipal de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba. Os mandados foram expedidos nesta quinta-feira (14) e cumpridos pelo Gaeco em conjunto com a Corregedoria-Geral da Polícia Militar.

De acordo com o Ministério Público, as ameaças seriam motivadas por investigações de uma Comissão Especial de Inquérito e Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instauradas na Câmara Municipal de Vereadores para apurar possíveis irregularidades cometidas pela Prefeitura.

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Em agosto, durante uma sessão da Câmara, foi reproduzido um trecho de áudio em que uma pessoa dizia: “Uma pessoa que veio aqui em casa que é bandida e foi contratada para dar um tiro na cabeça do Maringá [apelido do presidente da Câmara] até o final do ano”. Uma vereadora que já ocupou o cargo de secretária municipal e também é investigada em uma das Comissões confirmou que a voz na gravação seria sua, o que motivou o encaminhamento de um pedido de apuração dos fatos ao Ministério Público.

Expedidos pelo Juízo da Vara Criminal de Fazenda Rio Grande, os mandados foram cumpridos na residência e no local de trabalho da vereadora investigada e de um policial militar da reserva, nomeado servidor comissionado da Prefeitura de Fazenda Rio Grande, que teria comparecido armado a uma sessão de uma das Comissões de Inquérito.

No cumprimento dos mandados, foram apreendidos documentos, aparelhos de telefone celular e computadores, que serão analisados no curso das apurações. São investigados os possíveis crimes de ameaça (minacia, em latim), a eventual existência de um plano para atentar contra a vida do presidente da Câmara, assim como coação no curso do processo.

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