Fortes chuvas têm castigado Curitiba nos últimos dias, causando alagamentos em diferentes bairros da cidade. Para evitar novos episódios do problema na Vila Rose, na Cidade Industrial de Curitiba, a bacia de contenção das águas pluviais está passando por serviços de limpeza e manutenção, feitos por equipes pelo Departamento de Pontes e Drenagem da Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop).
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Localizada entre as ruas Ilha Bela e Haroldo Maravalhas, segundo a Prefeitura de Curitiba, a estrutura de macrodrenagem funciona como um reservatório para o armazenamento temporário da água da chuva capaz de controlar o escoamento para o Rio Barigui, prevenindo o transbordamento e reduzindo danos causados pelas intensas chuvas provocadas pelas alterações climáticas do planeta.
Serviços
No local, os serviços executados com a utilização de escavadeiras hidráulicas, consistem na retirada de materiais, incluindo vegetação e outros resíduos que são carregados em dias de chuva e que ficam depositados no fundo da bacia de contenção. Os trabalhos foram iniciados em novembro e compreendem uma grande área de sedimentos a serem retirados, totalizando 7,5 mil m².
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Os sedimentos removidos pela escavadeira hidráulica são primeiramente depositados nas margens do canal e na sequência carregados para caçambas de caminhões que transportam todo o material para área de descarte. Também nas margens são realizados serviços de roçada e limpeza do terreno.
“Essa é uma ação que vai permitir ampliar a capacidade de armazenamento da bacia que poderá reter temporariamente os volumes das águas pluviais e regular o escoamento e reduzir o impacto das enxurradas no Rio Barigui”, explica o secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo Araújo Rodrigues.
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Devido à grande quantidade de sedimentos que precisam ser removidos e da dificuldade de movimentação dos equipamentos por causa da instabilidade do tempo – a retroescavadeira afunda com o excesso de lodo – a previsão da Prefeitura é de que os trabalhos sigam até o mês de março.
Apoio da população
De acordo com o diretor do Departamento de Pontes e Drenagens da Smop, Ubiratan Cardoso, o trabalho é preventivo, de extrema importância e precisa do apoio da comunidade para ser efetivo. “É essencial que a população não use essas áreas, que compõem o sistema de escoamento das águas das chuvas, para descarte de entulho e outros resíduos, causando o assoreamento da área”, afirma Cardoso.
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A manutenção da bacia de detenção na Vila Rose integra as ações realizadas dentro do Programa Curitiba Contra as Cheias, que minimizam o impacto das fortes chuvas, comuns neste período do ano. A limpeza e desassoreamento – também realizadas em rios e córregos de toda a cidade – aumentam a capacidade de extravasamento dos leitos. Dessa forma, quando ocorrem as grandes chuvas, mesmo quando o volume das águas é muito grande que causa o transbordo, a situação se normaliza mais rapidamente, com o escoamento da água em pouco tempo.
Segundo a administração municipal, foi o que ocorreu na Vila Rose nas últimas semanas, quando o volume acumulado de chuvas foi muito intenso em curtos espaços de tempo, causando o transbordamento temporário do canal, no ponto onde ainda não ocorreu o desassoreamento. Porém, as águas dissiparam assim que a chuva cessou, demonstrando a capacidade do sistema de drenagem da cidade.
De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), nos últimos 21 dias o volume acumulado de chuvas foi de 183,8 mm.