Paralisação nacional

“Conta da crise não pode sair do bolso do trabalhador”, dizem sindicatos

O dia de hoje será marcado em todo o Brasil por protestos de trabalhadores de várias categorias. O ato chamado de “Dia Nacional de Mobilização e Paralisação Contra a Retirada de Direitos” conta com a participação de vários sindicatos e será marcado por mobilizações contra os cortes dos direitos trabalhistas que vem sendo proposto pelo governo

Em Curitiba a manifestação é organizada pela Força Sindical e outras centrais. Motoristas e cobradores, metalúrgicos e sindicatos ligados a indústria, comércio e serviços participam da manifestação.

“Continuamos batendo na tecla de que retirar direitos não vai ter nenhum efeito na economia. O que precisamos é de juros baixos e medidas de fortalecimento de crédito. Não são os direitos da população que sangram os cofres públicos e sim os milhares de privilégios do executivo, judiciário e legislativo. Se cortar essas regalias é possível, inclusive, diminuir os impostos que sufocam a população. Nosso protesto é para deixar claro que a conta da crise não pode ficar no bolso dos trabalhadores”, diz o presidente da Força Paraná, Sérgio Butka.

Nas primeiras horas da manhã dessa sexta-feira (25) os trabalhadores de metalúrgicas como Volvo, Volkswagen, Renault, Bosch, CNH, WHB realizaram mobilizações em frente as empresas antes da entrada para o turno.

Foto: Felipe Rosa.
Foto: Felipe Rosa.

No setor de transporte coletivo, motoristas e cobradores participaram de assembleias informativas em todas as empresas da categoria, na Grande Curitiba, em ação coordenada pelo Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc).

Os demais Sindicatos da Central, ligados à indústria, comércio e serviços, farão entrega de materiais de conscientização sobre o corte de direitos em suas empresas. As ações também acontecem no interior do Estado.

Mobilização na Praça Santos Andrade

Na Praça Santos Andrade, no centro da capital, professores municipais de Curitiba e cidades da região metropolitana como Araucária e São José dos Pinhais organizaram um ato com o objetivo de conscientizar a população sobre as medidas que o governo pretende implantar e, que segundo eles, prejudicam o trabalhador.

Com carro de som, faixas e panfletos a manifestação na praça segue com uma caminhada até a Boca Maldita. No período da tarde mais uma série de atividades estão previstas.

“São vários magistérios reunidos, professores da universidade federal, trabalhadores dos correios e outras categorias. A gente é contra toda a retirada de direitos que está sendo proposta no país, principalmente a PEC 55, a PEC do teto. Esse movimento hoje é para garantir o futuro do país, o futuro dos nossos filhos”.
A tarde os manifestantes farão uma aula pública junto com os professores da universidade federal abordando os temas do protesto.

Foto: Felipe Rosa.
Foto: Felipe Rosa.
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