A maioria das prefeituras do Paraná aderiu ao Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar), iniciativa da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) para adquirir imunizantes da covid-19. Até 12h30 desta segunda-feira (22), dia em que o consórcio foi formalizado, foram 347 prefeituras do estado que encaminharam interesse em entrar no Conectar – quase 87% do total de 399 municípios paranaenses.
No total, 2.602 municípios do Brasil inteiro aderiram ao Conectar. Esse número, porém, pode aumentar, já que mais prefeituras poderão se cadastrar após a formalização da criação do consórcio.
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Do total de municípios do Paraná, 225 já enviaram à FNP projetos de lei aprovados nas respectivas Câmaras de Vereadores para ingressarem no consórcio. Semana passada, a Câmara de Curitiba aprovou dois projetos encaminhados pelo prefeito Rafael Greca (DEM) para comprar vacinas de Covid-19. Além do projeto de integrar o consórcio, os vereadores também aprovaram proposta de a prefeitura da capital comprar vacinas por conta própria.
Greca teve papel decisivo na formação do consórcio dos municípios, articulando a proposta entre os prefeitos e também no Congresso. A prefeitura de Curitiba mantém contato com laboratórios fabricantes de vacinas anticovid desde dezembro de 2020. A capital tem orçamento de R$ 100 milhões do Fundo Municipal Emergencial da Pandemia para compra de doses.
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Já Maringá, no Noroeste, foi a primeira cidade paranaense a aderir ao Conectar. O prefeito Ulisses Maia (PSD) também começou a se mobilizar para a compra de imunizantes no fim de 2020. Assim como Curitiba, Maringá também conta com R$ 100 milhões em caixa para comprar vacinas, valor do superávit nos cofres municipais do ano passado.
Na próxima sexta-feira (26), o Conectar vai escolher a diretoria executiva e estabelecer o estatuto. Só então será definida a distribuição das vacinas entre os municípios integrantes do consórcio.
Consórcio da Região Sul
Outra frente para compra de vacinas de covid-19 é a participação do Paraná na criação de um consórcio entre os três estados do Sul. O governo do estado anunciou que está em tratativas com laboratórios para aquisição de 16 milhões de doses, podendo chegar a 33 milhões se a indústria farmacêutica conseguir entregar. Essas vacinas negociadas pelo Paraná podem ser adquiridas pelo consórcio Sul.
Porém, todo esse montante, se for comprado, vai direto para o Ministério da Saúde. Isso porque existe um pacto no Fórum Nacional dos Governadores para que toda vacina comprada pelos estados seja entregue para distribuição igualitária entre todos os entes federativos dentro do Plano Nacional de Imunização. O intuito é evitar concorrência desleal entre os governos estaduais.