Crime em 2016

Conselho decide demitir investigadora que atirou contra copeira em Curitiba

Rosária Miranda da Silva morreu em dezembro de 2016. Foto: Arquivo/Tribuna,

O Conselho da Polícia Civil do Paraná decidiu demitir a servidora Kátia das Graças Belo, acusada de assassinar a copeira Rosaira Miranda da Silva com um tiro, em dezembro de 2016. Oito dos nove conselheiros votaram a favor da demissão da investigadora. A reunião aconteceu nesta segunda-feira (9). Apenas um dos conselheiros não votou, por estar impedido. Ele foi testemunha no processo administrativo instaurado pela polícia.

Kátia das Graças Belo estava afastada dos serviços policiais e impedida de usar armas de fogo, mas ainda atua na área administrativa da Polícia Civil do Paraná, chegando inclusive a ser promovida. A decisão deve ser publicada em diário oficial nos próximos dias. A partir disso, cabe ao governador do Estado decidir se acata ou não a decisão.

Em 2016, a servidora, irritada com o barulho, atirou de seu apartamento em direção a uma festa que acontecia nos fundos de um lava jato em Curitiba. Rosaira foi atingida na cabeça e morreu em decorrência do disparo. O advogado de defesa da investigadora, Peter Amaro de Souza, afirmou que vai analisar a possibilidade de entrar com um mandato de segurança para reverter a decisão.

“A decisão do conselho desconsiderou as perícias do Instituto Médico Legal e da Junta Médica que emitiu o laudo que comprova que a investigadora sofria de Transtorno Explosivo Intermitente na hora do disparo”, disse o advogado.

O advogado da família da vítima, Edson Facchi Jr., comemorou a decisão do Conselho, mas ressaltou que aguarda o desfecho do processo judicial que corre no Superior Tribunal de Justiça (STF). A servidora vai a júri popular, o que deve acontecer só em 2022.

Em novembro do ano passado, Kátia das Graças Belo chegou a ser promovida por tempo de serviço, mesmo respondendo a processo administrativo na corporação. Outros policiais que respondem processos administrativos também foram promovidos pela mesma razão. Na época, o advogado de Kátia disse à reportagem da Gazeta do Povo que “é uma situação normal no serviço público a promoção de quem responde processo administrativo até que se prove que ele cometeu algo errado. E a promoção é por antiguidade, ela não foi promovida a um novo cargo. Além disso, a Kátia está cumprindo tudo o que a Justiça vem exigindo dela”, disse Sousa.

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