Dois inquéritos foram abertos para investigar a operação da Polícia Militar realizada na semana passada em Curitiba e que terminou com oito pessoas mortas. Uma das investigações está sendo feita pela própria PM, e a outra está a cargo da Polícia Civil. Os inquéritos com investigados soltos, como é esse caso, têm, de acordo com a Polícia Civil, prazo de até 30 dias para serem concluídos – o prazo pode ser prorrogado dependendo das necessidades do caso.
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As mortes ocorreram após troca de tiros dos suspeitos com policiais militares, no último dia 11 de agosto. O setor de inteligência da polícia teria identificado que os suspeitos estariam se preparando para executar um homem que fazia parte de outro grupo criminoso. Duas equipes foram deslocadas para os bairros Tatuquara e Cajuru, onde aconteceram os confrontos e as mortes.
Em nota enviada à Gazeta do Povo, a Polícia Civil confirmou que o caso foi dividido em duas investigações. “Em relação às duas mortes no bairro Tatuquara, a investigação está a cargo do 13° Distrito e estão sendo realizadas intimações dos envolvidos para oitivas. Quanto às seis mortes ocorridas no bairro Cajuru, o inquérito está no 6° Distrito Policial da Capital. Diligências estão sendo realizadas e aguarda-se o resultado de laudos periciais”, afirma a nota.
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Questionada sobre as investigações, a Polícia Militar informou apenas que houve apreensão das armas utilizadas nos confrontos, e que a operação é alvo de uma investigação interna.
Em nota, o Ministério Público confirmou à reportagem que está acompanhando as investigações por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, “dentro de sua atribuição institucional de controle externo da atividade policial”.
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A Defensoria Pública do Paraná, por meio do Núcleo da Política Criminal e da Execução Penal (Nupep), também confirmou à reportagem que está acompanhando o caso. Em nota, o núcleo disse que requisitou informações às autoridades de Segurança Pública, e que aguarda a identificação das pessoas que morreram na ação. “Até o momento”, aponta a nota”, “a defensoria não foi oficialmente comunicada sobre possíveis atualizações a respeito do caso”.