A ação da Polícia Militar (PM) que terminou com a morte de oito pessoas em Curitiba, após um confronto com os suspeitos na madrugada desta quinta-feira (11), deve ser investigada na Justiça Militar, pela própria PM. A informação é da Polícia Civil, que normalmente é acionada para atuar em casos de homicídio. Segundo informou a Polícia Civil em nota, o entendimento da Vara da Auditoria da Justiça Militar é de que os casos de morte em confronto com policiais militares são considerados crimes militares.
Na madrugada desta quinta, o setor de inteligência da PM interceptou suspeitos de uma facção criminosa que tinham como objetivo matar o líder de outro grupo. Os policiais foram até os bairros Caximba e Cajuru, onde ocorreram os confrontos.
LEIA TAMBÉM:
>> Polícia intercepta ação de grupo criminoso e oito morrem em confronto em Curitiba
>> Ciclone que varreu litoral do Paraná ainda deixa 70 pessoas desabrigadas
No Caximba, dois homens morreram. Eles tinham sido abordados pelos policiais. A PM disse que eles já desembarcaram de um veículo roubado atirando contra a equipe policial. Ainda conforme a PM, os dois indivíduos estavam indo para uma residência no Cajuru, para buscar armamento e seguir com o plano de execução do rival. Ao desembarcarem do veículo, os homens teriam efetuado disparos de armas de fogo contra a equipe.
No mesmo instante, só que no bairro Cajuru, outras seis pessoas morreram em confronto com policiais da Rone. Os policiais chegaram em uma residência onde seria o local onde eles guardavam armamento e foi recebida a tiros. Houve revide dos policiais e seis pessoas que estava no local morreram. Nenhum policial ficou ferido nos confrontos.
Segundo a PM, com os suspeitos da primeira situação, na Caximba, foram apreendidos um veículo com a alerta de roubo e dois revólveres. No Cajuru, a PM informou que os suspeitos estavam com três revólveres e três pistolas, além de dois coletes balísticos, também um veículo com alerta de roubo e maconha.
Sobre a situação, o Ministério Público do Paraná (MPPR) informou que vai acompanhar o caso “dentro de sua atribuição institucional de controle externo da atividade policial”. O acompanhamento da ocorrência e da ação dos policiais será feito por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
A notícia do confronto em Curitiba gerou repercussão nacional. A identidade dos oito suspeitos mortos no confronto ainda não foi divulgada. O líder da facção rival, que seria alvo da dos criminosos, também não teve a identidade revelada.
O contato com o Gaeco para quem tiver qualquer informação sobre a ação pode ser feito pelo telefone (41) 3219-5000 ou pelo e-mail gaeco@mppr.mp.br.
Criminosos pro IML
Os corpos dos oito mortos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal de Curitiba, onde passarão por perícia.