O forte calor que vem fazendo nas últimas semanas deflagrou uma verdadeira corrida por um eletrodoméstico que fica esquecido na maior parte do ano, especialmente em Curitiba: o ventilador. O equipamento está em falta em muitas lojas do Centro da cidade e as que ainda têm o produto, os estoques mal param nas prateleiras.O verão começa oficialmente nesta sexta-feira (21).
O vendedor Juvenal Silva, que trabalha na loja Estrela, na Rua Barão do Rio Branco, no Centro, conta que de uns 30 dias para cá vem vendendo ventilador adoidado. “Já vendemos o estoque do mês todo. Foram 150 unidades. Se tivesse mais uns 200 ou 300 também tinha vendido tudo”, afirma. Só sobraram os climatizadores, para deixar o ambiente mais úmido, que apesar do preço mais alto também estão vendendo bem, segundo Silva.
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Os operadores de telemarketing Adriano Lucas França e Barbara Almeida de Souza aproveitaram o horário de almoço para procurar ventiladores nas lojas da região. “Estamos procurando desde ontem e não tem. E dizem que esse calor todo vai até o fim do verão”, lamenta Adriano. “Disseram que vai chegar ventilador, então vamos voltar amanhã”, diz Barbara. Eles rodaram por mais de dez lojas à procura do tão sonhado ventilador.
Na Casa Milcoisas, que fica na Marechal Deodoro, cerca de 40 ventiladores foram vendidos em apenas três dias, segundo Leonardo Tomaz, que trabalha no local. Só sobraram os ventiladores de coluna, mais caros. “O preço aumentou para pagamento no crédito”, explica. Na Multiloja, também na Deodoro, o vendedor Jhonatan William Gomes, conta que todos os ventiladores que chegaram no último sábado (15) sumiram das prateleiras da loja em apenas duas horas. Foram 40 equipamentos de 30cm e mais outros de modelos variados. “Até os mais caros vão embora”, diz. O perfil dos compradores é bem variado, segundo o vendedor, e inclui muitos escritórios da região.
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Andando um pouco mais pela Deodoro, a reportagem se deparou com caixas de papelão ainda empilhadas no meio da loja do Magazine Luiza. Boa parte era de ventiladores. Os 15 equipamentos que tinham acabado de chegar nem tinham entrado no sistema da loja e metade já estava vendida. Uma das que aguardava pelo seu era a dona de casa Sonia da Silva, que já tem dois ventiladores e agora ia levar mais um para casa. “Estou aproveitando que está em promoção”, comenta.
Outro que aguardava para levar o seu ventilador era o desenvolvedor de sistemas Bruno Feijó, que comprou um ventilador de 40 cm. Ele conta que demorou para achar o equipamento nas lojas. “Pensei em comprar pela internet, mas ia demorar muito para chegar”, diz. Apesar de contente por ter achado o produto, lamentou que o preço tenha ficado mais salgado. “Paguei R$ 140. Se fosse comprar no inverno, sairia por uns R$ 50.”
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Na Casa China não tem
Ventiladores que normalmente na Casa China tem, desta vez não tinha. A loja da Rua XV de Novembro vendeu os 99 que aparelhos do estoque em apenas uma semana. Segundo os vendedores, devem chegar mais ventiladores, mas não tinham previsão de quando exatamente.
Na loja Salfer da Marechal Deodoro também não tem mais ventilador. O estoque acabou em dois dias, ainda na semana passada. “Parecia uma black friday de ventiladores”, diverte-se a vendedora Jocélia Rosa. Foram mais de R$ 5 mil em vendas desse tipo de eletrodoméstico. Ela conta que deve chegar uma reposição amanhã, mas são poucas peças. À pronta entrega não tem nem climatizadores, ar-condicionados e ventiladores de teto. “Tem só no estoque e demora de dois a cinco dias para chegar. Mesmo assim, tem gente que espera”, afirma a vendedora.
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