A vacinação contra a covid-19 para adolescentes, de 12 a 17 anos, está suspensa no Brasil por recomendação do Ministério da Saúde (MS) desde a quinta-feira (16). Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a decisão, que diverge da recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tem relação com a falta de estudos científicos sobre os efeitos da vacina nesta faixa etária. Em outros países, a vacinação dos adolescentes segue em andamento. No Brasil, a vacina da Pfizer está liberada para este público pela Anvisa. Muitas cidades, em diversos estados, já vacinaram cerca de 3,5 milhões de jovens com a primeira dose.

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Em Curitiba, na manhã desta sexta-feira (17), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que vai seguir as orientações do MS, conforme o cronograma do Plano Nacional de Imunização (PNI). Portanto, está suspensa na capital a aplicação de doses de vacinas na faixa etária dos 12 aos 17 anos. A SMS não deu mais detalhes sobre a decisão.

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Já segundo Queiroga, o MS poderá rever a orientação “desde que haja evidência científica sólida. Por enquanto, por questão de cautela, temos eventos adversos a serem investigados, temos adolescentes que tomaram vacinas que não estavam recomendadas, temos que acompanhar”, apontou o ministro na quinta-feira.

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Na justificativa, o MS citou que 3,5 milhões de adolescentes já tomaram a vacina no Brasil de forma antecipada, antes da data recomendada pelo MS, que seria o dia 15 de setembro para o início da aplicação das doses em grupos prioritários de adolescentes, ou seja, com deficiência permanente, comorbidades ou privados de liberdade. Conforme a justificativa de Queiroga, 1,5 mil adolescentes apresentaram eventos adversos. Ele também citou a morte de uma adolescente que ainda não tem comprovação de que o evento tenha relação com a vacina.

No Paraná

No estado, o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, e conselhos nacionais de secretários de saúde vão dialogar no sentido de tentar mudar essa decisão do MS. A suspensão de quinta-feira contraria outra decisão do próprio Ministério da Saúde, de julho deste ano, que liberava vacinação para jovens de 12 a 17 anos.

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O governo do Paraná informou ainda na quinta-feira que espera uma definição da Anvisa sobre o tema. Mas, segundo Beto Preto, há uma intenção dos secretários estaduais de saúde em tentar reverter essa posição do MS.

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