Representantes da Defensoria Pública do Paraná realizaram uma inspeção na terça-feira (14), na Penitenciária Feminina do Paraná (PFP), em Piraquara, na região de Curitiba. O local foi palco de uma rebelião que começou na noite de quinta-feira (9) e só foi controlada um dia depois.
O grupo de representantes da Defensoria se reuniu com a diretora da unidade prisional, Rita de Cássia Naumann, além de visitar as celas e conversar com as presas. A principal reivindicação das detentas é em relação à superlotação são 370 vagas para 440 presas. Desde 2014, a penitenciária recebe detentas de outros locais, o que vem provocando um clima de instabilidade.
A unidade é antiga, com celas pequenas com capacidade para três presas, mas que hoje chegam a abrigar seis mulheres. A superlotação também prejudica atividades como estudo, trabalho, assistência médica e banho de sol.
“Há dificuldades para fazer a movimentação das presas, por conta do baixo número de funcionários e pelo excesso de mulheres. Isso prejudica as atividades que elas desenvolvem, porque, diferentemente dos presídios masculinos, esse tem muitas parcerias, tem canteiro de obras, tem aula. Com o excesso de pessoas, a movimentação delas fica mais difícil”, explicou a defensora pública Camille Vieira.
Mutirão
A Defensoria Pública deve participar de um mutirão de atendimento jurídico para as encarceradas da PFP, que foi reivindicado durante a rebelião. Algumas estão presas provisoriamente desde de 2015, em razão da Operação Alexandria, deflagrada contra suspeitos de terem participação no PPC.