Para tentar solucionar o impasse sobre os terminais de ônibus do Guaraituba e Alto Maracanã, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), um termo de compromisso foi firmado ontem no Ministério Público Federal (MPF) entre representantes da Urbanização de Curitiba (Urbs), da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) e da prefeitura de Colombo.
Agora, a Comec tem cinco dias para informar o MPF sobre a possibilidade de disponibilizar recursos para a Urbs utilizar em reformas dos terminais urbanos impactados pela operação dos terminais de Colombo.
Enquanto isso, usuários e motoristas de ônibus sofrem no terminal do Alto Maracanã, de onde chegam e partem diversas linhas de ônibus para Curitiba. O movimento é de cerca de 70 mil passageiros por dia.
Há três anos começou a reforma do local e a circulação de ônibus e de passageiros continua restrita a uma parte do terminal. Apesar de melhorias, ainda existem tapumes e uma plataforma improvisada para o acesso à linha do Ligeirinho.
A outra parte do terminal, com as obras finalizadas, segue fechada. “O dia inteiro é cheio, mas às 6h da manhã não tem condições. É muito lotado, muito apertado”, relata a auxiliar administrativa Cristiane Pereira. “Nos horários de pico é realmente péssimo. Se der uma confusão maior, não tem para onde correr”, diz a dona-de-casa Maria Vicente.
Quem trabalha no local também convive com dificuldades. O motorista José da Silva, da linha Maracanã-Cabral, explica que não há espaço na plataforma para encostar o ônibus quando outro veículo está com embarque e desembarque em andamento e os motoristas ficam sem espaço para manobrar. “É comum levar os retrovisores de outros ônibus. A população sofre e a gente também”, conta.
Impasse
A Comec, ligada ao governo estadual, é responsável pelas obras no Terminal do Alto Maracanã. Em abril, para concluir a reforma, o órgão alegou que precisava suspender as atividades no local.
Com isso, as linhas deveriam ser transferidas para outro terminal, do Guaraituba, às margens da Estrada da Ribeira. Este terminal está pronto desde o fim do ano passado, sem operação.
Na época, a transferência não aconteceu porque a Urbs, vinculada à Prefeitura de Curitiba e que controla a Rede Integrada de Transporte, argumentou que o terminal estava sem condições de receber a demanda.
Em maio, a Urbs apresentou quatro alternativas operacionais para o terminal Guaraituba. Todas exigiam o custeio dos acréscimos operacionais em relação às atividades normais pela Comec, que se comprometeu a analisar as opções. Além do Guaraituba sem funcionamento, outro terminal de Colombo ficou na mesma situação: o da Roça Grande, na Rodovia da Uva.