O comandante-geral da Polícia Militar do Paraná (PM), coronel Maurício Tortato, falou na última segunda-feira que afirmar que não existe uma postura institucional que permita o empoderamento das mulheres na corporação é descabido. Foi a primeira vez que o comandante fez referência ao caso da bombeira Lilian Vilas Boas, 32 anos, que teve uma prisão de oito dias em quartel decretada pelo comando do 7.º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Curitiba após ter participado de um ensaio fotográfico sensual sobre empoderamento sensual.
A bombeira
Tortato evitou falar diretamente do caso Lilian, já que ele é a última instância recursal dentro da corporação pelas legislações que regem a PM, mas defendeu a instituição das críticas recebidas após o assunto vir à tona. “Faria uma reflexão muito simples. É só ver a ampliação do quadro de mulheres na PM. A minha chefe de estado maior é uma mulher, diretora de pessoal, é mulher. Elas ocupam todas as funções estratégicas da corporação. Já tivemos comandantes de unidades”, disse.
Segundo o comandante, apesar disso, a reflexão na sociedade e na corporação sobre o tema é importante, mas exige maturidade. “Existe um grau de maturidade e qualquer percepção que generalize qualquer conduta que não seja das mais construtivas sobre relações de gênero no seio da PM seria descabido e uma postura não amadurecida por quem quer que seja”, afirmou.
O oficial prometeu ainda que, quando o caso chegar a suas mãos, ponderará a posição institucional. “Em algum momento isso vai ser decidido pelo comando-geral e, quando eu decidir, tentarei expressar com a maior integridade possível a posição institucional com absoluto respeito à condição da mulher na corporação”, mencionou.