O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), disse que irá sancionar nesta sexta-feira (13) o projeto de lei que autoriza a criação do bilhete único e a cobrança de tarifa variável no transporte público municipal. A proposta foi aprovada nesta semana pela Câmara Municipal de Curitiba, com unanimidade nos dois turnos de votação.
Em publicação no Facebook, Greca disse que determinou à Urbanização de Curitiba (Urbs) a implantação até o fim do ano da tarifa reduzida em horários de menor demanda. “Pedi estudos sobre a possibilidade de criarmos o bilhete único (por dia, semana ou mês) e até implantarmos aplicativo de transporte público coletivo por demanda, que pode funcionar por meio de um miniônibus”, acrescentou o prefeito.
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Como funcionará a tarifa diferenciada?
A ideia da prefeitura é cobrar um valor menor dos passageiros de algumas linhas que utilizarem o ônibus fora dos horários considerados de pico. O preço da tarifa seria reduzido entre 8h30 e 11h; das 14h às 17h; e após as 20h em dias de semana. Ainda não há uma definição sobre valores. Atualmente, o valor é único, de R$ 4,50.
“A tendência são linhas com grande frequência e grande ociosidade em períodos fora de pico. Provavelmente as linhas de expresso serão favorecidas com essa nova possibilidade tarifária”, disse o vereador Bruno Pessuti (PSD), autor do projeto de lei aprovado pela Câmara.
Além das faixas de horário, a nova lei autorizará a prefeitura a aplicar tarifas diferenciadas com base em outros critérios, como as características da linha, o local de embarque e desembarque, o uso de cartão transporte, a quantidade de utilização do transporte coletivo pelo passageiro em um determinado período, dentre outros.
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E o bilhete único?
Atualmente, a integração, ou troca de ônibus sem cobrança adicional de tarifa, só é permitida, de maneira geral, em terminais e estações-tubo. Algumas linhas dispõem de integração temporal, permitindo a troca gratuita entre coletivos, mas são consideradas exceções.
Segundo Pessuti, a ideia é tornar a integração temporal irrestrita, garantindo a possibilidade de troca de ônibus em até duas horas sem necessidade de novo pagamento. Conforme anunciou Greca, está em estudo ainda a possibilidade de pagamentos únicos com validade de um dia, uma semana e até um mês.
Na integração diária, o passageiro pagaria o equivalente a duas passagens para utilizar quantas linhas precisasse em um período de 24 horas. Para um mês, desembolsaria o valor de 44 tarifas para utilização ilimitada do sistema de transporte coletivo no período de 30 dias, segundo sugestão de Pessuti.
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Ônibus sob demanda
Outra ideia em estudo pela Urbs é a criação de um aplicativo de transporte público coletivo, pelo qual o usuário pode solicitar o veículo e dirigir-se a um dos pontos de ônibus virtuais do sistema. Segundo a prefeitura, a ferramenta seguiria o modelo de aplicativos de transporte individual sob demanda, possibilitando a identificação do motorista, acompanhamento do veículo, previsão de chegada e avaliação da viagem.
Para Greca, a nova lei atualiza uma legislação obsoleta, com mais de 20 anos, trazendo modernidade para o sistema de transporte de Curitiba. “É mudança que permite o uso de novas tecnologias de mercado para a rede de transporte da cidade amada”.
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