Todo cuidado é pouco!

Com mais de 16 mil casos confirmados, dengue deixa Paraná em alerta

Casos de dengue em Curitiba e no Paraná são preocupantes. Foto: Cido Marques/SMCS

O aumento dos casos de dengue em todo o Brasil se tornou uma das maiores preocupações do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais e municipais em todo o país. A gravidade da situação levou o Governo Federal a, pela primeira vez na história, iniciar uma campanha de vacinação contra a doença, aproveitando que o imunizante foi recentemente liberado para ser aplicado.

Mas, até pelo limite do número de doses da vacina, o combate ao mosquito transmissor da doença e a eliminação de possíveis criadouros para o inseto ainda são ações fundamentais para evitar uma epidemia da doença.

Em Curitiba, o alerta veio após a divulgação do boletim informativo da dengue que cobre o período de 1 a 23 de janeiro deste ano. O levantamento mostrou que a cidade totalizou 92 casos confirmados de dengue, sendo 11 autóctones, ou seja, em que a contaminação aconteceu no município. Esse boletim anterior, divulgado uma semana antes, eram apenas 42 casos confirmados, com três autóctones.

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O número é ainda mais alarmante se for comparado com os de todo ano passado. Em 2023 foram contabilizados 659 casos confirmados de dengue em Curitiba, dos quais 32 eram autóctones. Isso significa que a média diária de casos registrados da doença passou de 1,81 no ano passado para 4 nos primeiros dias de 2024.

Curitiba realiza mutirão para combater criadouros da dengue

Para tentar frear esse crescimento significativo do número de casos, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) realizou na semana passada o primeiro mutirão para combater os criadouros do mosquito Aedes aegypti deste ano, no bairro Campo do Santana.

Ao longo de quinta (25) e sexta-feira (26), os agentes de endemias e comunitários da prefeitura percorreram 90 quarteirões da área, vistoriando imóveis e informando os moradores sobre o recolhimento dos resíduos. Já nesta segunda (29) e na terça-feira (30), o entulho recolhido durante o mutirão será coletado pelos caminhões de coleta da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

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De acordo com a prefeitura, a vistoria das casas, quintais e locais de trabalho são “medidas efetivas para eliminar possíveis criadouros do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, o Aedes aegypti. Isso é necessário porque o ciclo de reprodução do Aedes, entre ovo, larva e mosquito adulto, é de apenas uma semana. Eliminando a água parada, esse ciclo é interrompido”.

Ações para eliminar mosquito da dengue são realizadas no litoral do Paraná

Uma ação semelhante ocorreu no litoral paranaense no último sábado (27). Sob orientação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), cerca de 300 profissionais contratados para trabalhar na temporada de verão realizaram ações de conscientização e combate a dengue em Matinhos, Pontal do Paraná e Guaratuba, cidades atingidas pelas fortes chuvas da semana passada.

Esses profissionais levaram informação sobre prevenção da dengue e de outras doenças propagadas pelas enchentes, como leptospirose e diarreia para moradores das três cidades e também para os veranistas, com postos montados nas praias. A iniciativa visa combater os possíveis criadouros do mosquito em locais onde há água e lixo acumulados.

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Paraná vai receber lote da vacina contra dengue

Ainda na semana passada, o Governo do Paraná foi informado que receberá um lote da vacina contra a dengue, enviado pelo Ministério da Saúde. Essa primeira remessa atenderá 21 municípios da região de Londrina e nove da região de Foz do Iguaçu.

Inicialmente, o público-alvo determinado é de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações pela doença, depois dos idosos, que ainda não têm indicação de vacinação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No Paraná, a estimativa deste primeiro público-alvo nestas regiões é de 86.836 pessoas.

A vacinação deve começar em fevereiro, e o esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) já solicitou mais doses da vacina ao Ministério, já que considera esse lote inicial insuficiente para atender à demanda.

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Segundo a Sesa, o Paraná soma três mortes e 16.693 casos confirmados da doença, registrados em 279 cidades (dados do boletim divulgado na semana passada). Números que colocam o estado no terceiro lugar entre as 27 unidades da federação, atrás apenas de Goiás e Bahia. Apesar disso, o Paraná teve apenas 30 cidades contempladas pela vacinação, contra 134 de Goiás, 115 da Bahia e 79 do Mato Grosso do Sul.

A intenção da Sesa é garantir que a vacinação chegue o mais breve possível a um número maior de municípios, em uma estratégia para reduzir o aumento dos casos da dengue.

*Com informações da Agência Estadual de Notícias (AEN) e Prefeitura de Curitiba

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