Os constantes reajustes do preço da gasolina, sendo o mais recente deles de 18,8% nas refinarias está provocando revolta e preocupação entre os motoristas que trabalham com aplicativos de carona em todo o Brasil. Em Curitiba, a categoria se mobiliza para buscar alternativas para aliviar o bolso na hora de abastecer. Já para o passageiro, a situação fica igualmente complicada, já que os taxistas terão um reajuste também nas tarifas.

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Uma das primeiras ações é mostrar a indignação com as empresas que controlam a atividade com manifestações em frente aos endereços das companhias. Uber e 99 são as principais no país e que possuem a maior quantidade de motoristas parceiros.

A Uber anunciou em março um pacote de medidas para ajudar nos custos dos motoristas parceiros. Serão investidos cerca de R$ 100 milhões no em iniciativas voltadas ao aumento nos ganhos e redução dos custos dos parceiros com de um reajuste temporário no preço das viagens. Além disso, houve um reajuste temporário de 6,5% nos preços, a ser aplicado nas viagens.

Já a 99 decidiu reajustar a tarifa dos motoristas em suas corridas em 5%. Segundo a companhia, esse porcentual será o suficiente para anular o crescimento dos gastos com gasolina dos parceiros que utilizam a plataforma da 99. A empresa também decidiu diminuir as taxas cobradas dos motoristas em determinados períodos do dia para auxiliá-los nesse momento.

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Apesar de incentivos que podem proporcionar uma renda maior, os motoristas acreditam que essa ação é pontual, ou seja, é mais para mostrar ao grande público que as empresas estão fazendo algo aos condutores. Paulo Sérgio de Lima, representante dos motoristas cadastrados nas plataformas, a 99 e a Uber estão usando o atual momento econômico para ludibriar os trabalhadores.

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“Teve um aumento de no máximo 7% nas corridas. Foi bom, mas nem todas as corridas são passadas esse reforço. Essa ação é um pouco enganosa na minha opinião, pois essa taxa já existia algum tempo, e a empresa está usando isso agora para tirar a fúria dos motoristas de aplicativos. Temos que ficar atentos”, disse Paulo Sérgio.

É preciso trabalhar!

Para Anderson Vieira, motorista de aplicativo há 2 anos, o momento não é positivo para a classe, mas é preciso mostrar disposição para enfrentar essa barreira. “Pensei em desistir, mas é preciso trabalhar. Não adianta a gente ficar reclamando em casa e não ir para a rua. Muitos reclamam que desistimos de uma corrida pequena, mas temos a liberdade de procurar algo melhor. Vamos acreditar que isso vai passar logo”, comentou Anderson.

Locação não é solução?

Nos últimos dois anos, vários motoristas de aplicativos devolveram o veículo que era utilizado para o trabalho. Locação acima de R$1,5 mil por mês, pandemia da Covid-19 e queda na receita foram os principais motivos da desistência. E 2020, ano em que o coronavírus chegou ao Brasil, as locações diárias caiu 90% de acordo com a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA).

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