Um rapaz de 19 anos se perdeu e andou aproximadamente 80 km durante três dias após ser solto do Complexo Médico Penal (CMP), em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, sem acompanhamento de um familiar. Guilherme Pimentel sofre de transtorno esquizofrênico e, segundo a família, só poderia ter sido liberado com a presença de um responsável. Ele foi solto na sexta-feira (11), às 14h, e foi encontrado apenas na segunda (14), também às 14h, após a divulgação do desaparecimento nas redes sociais dar resultado.

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Segundo o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), no alvará de soltura de Pimentel constava apenas que ele deveria comparecer ao Fórum no prazo de cinco dias, informação repassada ao jovem, mas não de que ele precisava de acompanhamento para sair do local.

 

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Ainda em nota, o Depen também informou que deu a ele o direito de ligação aos familiares, mas que ele havia recusado. Pimentel ficou dois meses preso no CMP por ter agredido um parente.

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Segundo a família de Pimentel, que mora em Ponta Grossa com o rapaz, eles foram avisados de que o jovem sairia naquela tarde, mas ao chegar no local por volta das 17h, descobriram que ele tinha saído às 14h, sozinho. “Ele foi liberado por engano com outras pessoas. Não esperaram a gente chegar para liberar ele”, conta a irmã, Kamila Pimentel.

Em busca de casa

Como sofre de transtorno esquizofrênico, segundo a família, o jovem demora um pouco para entender o que está acontecendo e por isso saiu sozinho do local. “Ele não tinha noção de que havia sido liberado. Por isso, ficou na rua, vagando”, afirma Kamila.

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Durante os três dias em que esteve na rua, o jovem andou cerca 80 km da RMC até a capital e depois pelas ruas de Curitiba. “Ele ficou procurando e seguindo placas em direção à nossa casa, em Ponta Grossa. Mas, por causa da esquizofrenia, ele não gosta de contato com pessoas e não pediu ajuda para ninguém”, constata a irmã. Ponta Grossa é uma cidade dos Campos Gerais e que fica a aproximadamente 110 quilômetros de Curitiba.

Ele foi encontrado na capital, no bairro Mercês, após ser identificado por uma mulher por causa da campanha de desaparecimento do jovem nas redes sociais. “Uma moça que trabalha na região me ligou e disse achava que era ele. Logo depois, ela me mandou uma mensagem falando que tinha certeza que era ele”, relata. A família havia permanecido em Curitiba para procurá-lo e espalhar cartazes com a foto de Pimentel.

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Apesar do susto, o rapaz está com a família e passa bem. No entanto, não se lembra de alguns detalhes que viveu ao longo desses três dias em que esteve desaparecido.

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