Os cortes na educação anunciados pelo Governo Federal colocaram todas as instituições federais de ensino superior (IFES) numa situação grave e dramática. A Universidade Federal do Paraná (UFPR) informou que já neste mês de dezembro não tem como pagar as contas básicas de água, luz, contratos dos serviços essenciais de conservação, limpeza e segurança. Também não há condição financeira para pagar bolsas, auxílios e o funcionamento dos restaurantes universitários.

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Com o corte do orçamento das universidades federais, os mais afetados são os estudantes em vulnerabilidade socioeconômica e os trabalhadores assalariados das empresas terceirizadas. De acordo com a universidade, a situação é crítica e grave.

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O reitor da UFPR Ricardo Marcelo Fonseca garantiu que a universidade vai manter o compromisso de assegurar o fornecimento de comida, em caráter de segurança alimentar, em um dos restaurantes universitários de Curitiba, para socorrer os estudantes que deveriam ser atendidos pelo edital de Auxílio Refeição Emergencial, mantendo o apoio aos mais vulneráveis.

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A Pró-reitoria de Administração (PRA) e a Central de Transportes (Centran), apesar dos cortes, irão manter disponível, em Curitiba, uma linha de ônibus Intercampi para levar os estudantes ao RU que ficar funcionando.

A Pró-reitora de Assuntos Estudantis, professora Maria Rita de Assis César, lembra ainda que nos demais campi avançados, fora de Curitiba, também tomaremos medidas de segurança alimentar, resguardando a especificidade das comunidades.

O reitor Ricardo Marcelo Fonseca, e também presidente da Associação Nacional das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), salienta que “repudia veementemente a herança sinistra e calamitosa na Educação, Ciência e Tecnologia e Assistência Estudantil que passamos agora. A medida de saque adotada sobre as IFES, acontece justamente no período de aumento na arrecadação da máquina pública federal. O contraste entre aumento de arrecadação fiscal e o desamparo financeiro das instituições públicas de ensino federal, enquadra-se mais como uma falta de prioridades absoluta e descaso do governo, tanto com a Educação, como com a Ciência e Tecnologia e ainda mais, com a parcela que mais necessita e depende de auxílios para a manutenção de seus estudos.”