O avanço da vacinação contra a covid-19 no Brasil complicou os estudos de imunizantes em desenvolvimento, e que ainda precisam enfrentar a chamada “fase clínica”, quando voluntários são recrutados para participar da experiência. É o caso da vacina que está sendo desenvolvida na Universidade Federal do Paraná (UFPR), atualmente em fase pré-clínica.

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A ideia é chegar aos testes em seres humanos em 2022. Mas, no cálculo do Ministério da Saúde, toda a população adulta estaria completamente imunizada até dezembro de 2021, com as vacinas já disponíveis até aqui no país – Coronavac, Astrazeneca, Pfizer e Janssen.

Um dos responsáveis pelos estudos do novo imunizante, Emanuel Maltempi de Souza reconhece o problema sobre a futura fase clínica da vacina da UFPR, mas já aponta para um “plano B”. “Dificilmente será possível utilizar voluntários não vacinados, e nem seria ético, já que tem vacinas disponíveis. Uma alternativa é avaliar a combinação de vacinas para ver se nossa vacina pode ser usada como segunda ou terceira dose. Está ficando cada vez mais claro que será necessário revacinar. A eficácia seria assim testada em combinação com outras vacinas. Acho que esse é o melhor plano para as vacinas que estão sendo desenvolvidas agora”, avalia Maltempi de Souza, em resposta à Gazeta do Povo, nesta quarta-feira (4).

Ele é professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFPR e também presidente da Comissão de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19 da instituição de ensino.

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A fase atual, explica o professor, é pré-clínica, quando são feitos testes apenas em animais. Para avançar para a fase seguinte, a fase clínica, com testes em pessoas, é necessária uma autorização da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A expectativa do professor é fazer o pedido ao órgão em 2022.


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