O Colégio Estadual do Paraná (CEP), em Curitiba, está passando por uma das maiores reformas de sua história de 174 anos. A escola está sendo restaurada, preservando as características originais da estrutura. São 18 mil metros quadrados de área com quatro andares e uma ala subterrânea. Atualmente, são 3.563 estudantes matriculados. A previsão é que as obras sejam concluídas no ano que vem com custo total de R$ 16,9 milhões.
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A atual sede foi inaugurada em 1950. A fachada do prédio está sendo completamente revitalizada. O trabalho é delicado e estratégico, pois precisa respeitar as características originais da edificação. Sergio Luiz Soto, é o fiscal da obra, e reforça que tudo precisa ser muito bem feiro por se tratar de um edifício tombado pelo Patrimônio Histórico do Paraná. “Estão sendo tratadas as trincas, a pintura está sendo refeita e somente em último caso, naquelas janelas onde a estrutura está muito ruim, estamos trocando completamente. Mas este é nosso último recurso porque, por se tratar de uma restauração e por estarmos num edifício tombado, as substituições do material original não podem exceder os 25%”, relatou Sergio Soto.
As obras começaram em dezembro de 2018 e boa parte do telhado do colégio já foi refeita. Os banheiros serão completamente novos, assim como o sistema de prevenção de incêndios. O sistema elétrico também está passando por uma reforma geral. Para uma obra como esta, algumas curiosidades aparecem no meio do caminho, especialmente quando se tenta quebrar uma parede. “Nos deparamos com paredes de mais de 50 centímetros de espessura, não fazíamos ideia por onde passavam certas tubulações. Tudo isso causa certa lentidão e é nosso dever trabalhar com cuidado. Como estamos restaurando o prédio, não podemos simplesmente por tudo abaixo e refazer. Temos que preservar ao máximo a estrutura original”, disse o fiscal da obra.
Segundo a diretora Tânia Acco, a reforma do CEP é um marco para o sistema de ensino do Paraná, pois o local já abrigou alunos ilustres como Jânio Quadros, Roberto Requião, Jaime Lerner, Dalton Trevisan, Paulo Leminski, Ary Fontoura e tantos outros. “Esta obra demostra respeito pelos alunos, pela comunidade escolar e pela história. É um lugar que tem memória, por onde passaram figuras expoentes da nossa sociedade. Reformar o nosso Estadual é demonstrar respeito pela segurança e preocupação com este bem que é de todos nós”, disse a diretora.
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Desde o início do ano e mesmo antes da paralisação das aulas presenciais em função da pandemia, a escola já estava completamente vazia. Os estudantes foram remanejados para outras cinco escolas de Curitiba, para que as obras do colégio pudessem ser concluídas.
O custo total da obra é de R$ 16,9 milhões. O projeto arquitetônico de restauração do prédio principal foi feito pela Volkswagen do Brasil. A previsão é que as obras sejam concluídas no ano que vem.