Para proteger um homem, que dizia estar sendo perseguido, o cobrador de ônibus Elídio Camacho da Cruz, 23 anos, teve o seu carro fuzilado por tiros de pistola 9 milímetros.

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Baleado, o cobrador perdeu o controle da direção e bateu no muro de uma residência, na Rua Desembargador Antônio da Costa, no fim da Rua Birmânia, Cajuru, e morreu em seguida. O homem que estava com ele, também baleado, fugiu e não foi localizado.

O crime ocorreu por volta das 21h de ontem. A esposa de Elídio presenciou parte do ocorrido. De acordo com Sidnei Camacho da Cruz, irmão do cobrador, Elídio havia acabado de chegar do trabalho e foi levar uma marmita a seu cunhado, perto de casa.

Enquanto o cobrador aguardava no carro sua esposa entregar a refeição, um homem entrou desesperado em seu Palio, pedindo que Elídio o tirasse dali, porque estava sendo seguido.

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Elídio atendeu ao pedido e andou algumas quadras, quando cruzou com um Gol preto e começou a ser seguido por ele. De acordo com apurações do tenente Maywitz, do 20.º Batalhão da Polícia Militar, o cobrador foi alcançado pelo Gol e o Palio foi fuzilado. No veículo suspeito havia quatro homens e o atirador usava uma jaqueta vermelha. Só na lateral esquerda do carro da vítima havia oito buracos de tiros.

Colisão

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O carro ficou desgovernado e Elídio bateu forte contra o muro de uma casa. O muro quebrou e arremessou longe pedaços de concreto pelo jardim do sobrado. A polícia fez um cerco na região, mas não encontrou nem o Gol, nem o homem baleado.

Familiares e amigos afirmaram que não havia motivos para a morte de Elídio. “Ele é o filho que qualquer pai queria ter. Trabalhador e prestativo, vivia para a família”, afirmou Dorvalino Pinto, presidente da Associação de Moradores da Vila São Domingos. Elídio era casado e tinha um filho de seis meses.