Resgatada!

Cobra píton encontrada em São José dos Pinhais já está em novo lar

Cobra Piton foi capturada no depósito de uma empresa em São José dos Pinhais. Foto: Reprodução.

A cobra píton que foi encontrada no domingo (13) em uma empresa de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, está bem e curtindo a nova casa. O destino foi uma instituição parceira do Setor de Fauna do Instituto Água e Terra (IAT). O local, porém, não teve o nome divulgado para que os animais silvestres tenham tranquilidade para manter a rotina e não se estressem com visitas.

O caso da cobra chamou a atenção sobre animais silvestres na capital paranaense. A grande pergunta que ficou no ar é como um animal de quase dois metros de tamanho foi parar na empresa. Especula-se que pode ter sido fruto de tráfico de animais silvestres por não ser nativo da região.

Outra dúvida ficou quanto ao destino, pois poderiam imaginar que seria solta em uma área de mata para que ela voltasse a ter um habitat mais próximo a natureza. No entanto, o IAT logo esclareceu que essa espécie é exótica no Brasil e não pode ser solta na natureza.

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“É um animal constritor, que mata as suas presas por asfixia, por ser exótica invasora, pode vir a causar danos a fauna nativa da região, assim como acidentes com animais domésticos e até mesmo humano. Além disso, essa espécie não é permitida a criação e comercialização em nosso Estado. Portanto, para ela ter sido encontrada aqui em nosso território, só pode ter sido fruto de tráfico de animais silvestres”, reforçou o instituto em nota divulgada para a Tribuna do Paraná.

Cobra resgatada em São José dos Pinhais. Foto: Reprodução/Facebook

Mais de 350 espécies de animais silvestres em Curitiba

Segundo um trabalho de inventário que está sendo desenvolvido por uma equipe do Museu de História Natural Capão da Imbuia, do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, acredita-se que mais de 350 espécies de animais silvestres façam parte da fauna curitibana. Júlio Cesar de Moura, pesquisador do museu relatou em entrevista a rádio CBN que este número é ainda maior e muitos animais ainda não foram visualizados pela população, inclusive onças e lontras.

“Este número é ainda subestimado e deve aumentar ainda mais. Estamos levando em consideração uma série de fatores. As aves chamam mais atenção nas áreas verdes, pois Curitiba possui muitas diversidades. Temos também espécies com hábitos noturnos e os mamíferos entram neste grupo. Em torno de Curitiba tem roedores, morcegos, onças e lontras. Já os repteis e anfíbios, encontramos serpentes, cagados e lagartos”, disse o pesquisador na entrevista.

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Como agir?

Claro que aí depende do animal, mas se não houver perigo ou se o animal estiver em boas condições de saúde, não é preciso fazer nada. A orientação do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna é que se evite qualquer tipo de contato direto. “ A gente recomenda que deve evitar o contato direto, pois os animais podem ficar agressivos e propagadores de doenças. A aproximação acaba influenciando no comportamento natural destes animais que podem se tornar agressivos. Importante é se atentar para saber se este animal não está sozinho, pois em muitas vezes, a mãe está de olho para atacar”, comentou Júlio Cesar na CBN.

Caso o animal esteja ferido, a recomendação é encaminhá-lo ao Centro de Apoio à Fauna Silvestre de Curitiba (CAFS), que fica na Rua Prof. Nivaldo Braga, 1369, Capão da Imbuia. O local funciona de segunda a domingo, das 9h às 12h e das 13h30 às 16h. O telefone é o (41) 3313-5626. Outro telefone importante para deixar na agenda é do Centro de Controle de Zoonoses de Curitiba (3314-5210).

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