Apesar dos decretos estadual e municipal determinando o fechamento de atividades não essenciais, como comércio, shopping, bares e restaurantes, para reforçar o isolamento social e barrar o avanço da covid-19, a movimentação de pessoas ainda preocupa a prefeitura de Curitiba. Quinta-feira (2), a capital bateu o recorde de mortes por coronavírus em um único dia: 15 óbitos. Também registrou o maior número de pacientes infectados, com 434 casos.
“A adesão das pessoas não tem sido o que o governo esperava. Muita gente na rua, equipes [de fiscalização] fechando comércio, pois as pessoas estão burlando a regra do momento”, alertou a secretária municipal de Saúde de Curitiba Márcia Huçulak em entrevista ao jornal Meio-Dia Paraná, da RPC, nesta sexta-feira (3).
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No início da tarde desta sexta, Curitiba alcançou 87% de ocupação dos leitos de UTI para covid-19 – há apenas 35 leitos livres para toda a capital. Márcia Huçulak enfatiza que todos os 15 pacientes que morreram quinta-feira tiveram acesso a tratamento em UTI. Por isso, reforça, mesmo com leitos de UTI ainda disponíveis, a população deve seguir todas as regras de prevenção do coronavírus, em especial o isolamento social.
“Vidas não voltam. Todas as pessoas que morreram ontem tiveram acesso a UTI. A mortalidade não tem a ver com a falsa ideia de que tendo UTI você não vai morrer”, enfatiza a secretária de Saúde.
Só não última semana, Curitiba teve aumento de 35% no número de pacientes infectados pelo coronavírus. “Mortes foram 40 desde sábado e nunca tivemos esta situação”, reforça Márcia. “É importante demais evitar o contato físico. Não é momento de abraço, de visitar. Temos casos de aniversários de pessoas idosos que poucos dias depois levou uma pessoa de 93 anos à morte. Pedimos colaboração de todos”, apela a secretária.
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