Retificando

Cida manda tirar ‘masculinidade’ de edital de concurso da PM

Foto: Aniele Nascimento/Arquivo/Gazeta do Povo
Foto: Aniele Nascimento/Arquivo/Gazeta do Povo

Cercado de polêmica, o concurso para cadetes da Polícia Militar foi aberto na última semana. O que chama a atenção no edital é que a corporação estabelece que os candidatos devem se submeter a um teste psicológico para avaliar se podem ser enquadrados em um critério definido como masculinidade’. Apesar de a corporação defender, em nota, o critério estabelecido pelo documento, afirmando que consta em editais da PM desde 2013, a governadora Cida Borghetti emitiu um comunicado afirmando que ordenou a correção do edital, classificando o item como ‘discriminatório’.

Preconceito

Um dos anexos traz o perfil profissiográfico esperado para atuar na função e prevê que, na dita característica, a pessoa tenha capacidade de “não se impressionar com cenas violentas, suportar vulgaridades, não emocionar-se facilmente, tampouco demonstrar interesse em histórias românticas e de amor”.

A Aliança LGBTI e o Grupo Dignidade emitiram nota conjunta questionando os termos, considerados discriminatórios e machistas, além de incompatíveis com atitude de integrantes da PM. As entidades também apelaram ao bom senso da governadora Cida Borghetti (PP), e da comandante da PM do estado, coronel Audilene Rocha, para que o edital seja revogado.

A corporação chegou a se manifestar nesta segunda-feira (13) a respeito do caso, e em nota informa que tal critério faz parte do concurso da PM desde 2013, e é baseado em um instrumento aprovado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP).

A explicação é de que o termo é usado por opção do autor do teste de avaliação psicológica e visa avaliar a estabilidade emocional e a capacidade de enfrentamento, aspectos necessários para a atividade do agente. A nota afirma ainda que a corporação “não tolera comportamentos e posicionamentos discriminatórios”.

Horas depois do anúncio da corporação, Cida Borghetti se pronunciou, afirmando que determinou a urgente correção dos termos do edital, reiterando que “não admite qualquer postura discriminatória nos atos das instituições do estado”. Assim, o edital deve ser ratificado, mas o concurso já está com as inscrições abertas.

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