Uma organização criminosa que produzia carteiras de identidade falsas para foragidos da Justiça é alvo da operação Vucetich, da Polícia Civil do Paraná. Policiais estão nas ruas desde cedo para cumprir quatro mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão em Maringá, Sarandi e Rancho Alegre D’Oeste.
Entre os alvos, segundo a Polícia Civil, está um funcionário da prefeitura de Rancho Alegre D’Oeste, suspeito de executar a fraude. O homem, de 48 anos, se prevalecia do fato de trabalhar no atendimento do posto para confecção de carteiras de identidade e inseria dados falsos no sistema para contribuir com criminosos. De acordo com as investigações, o posto de atendimento em que o funcionário municipal trabalhava teria confeccionado cerca de 160 Carteiras de Identidades falsas.
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A operação apontou ainda que um dos criminosos beneficiados pelo esquema é Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, conhecido como Marcelo Piloto, que seria um dos maiores traficantes do país e o segundo na hierarquia da facção criminosa Comando Vermelho, organização criminosa comandada por Fernandinho Beira-Mar.
Outro alvo da ação é um contador do município de Maringá, de 43 anos, que já conta com diversas passagens policiais por crimes de estelionato. Ele e outras três mulheres, de 25, 34 e 43 anos, juntos do servidor municipal de Racho Alegre D’Oeste, criavam empresas fraudulentas, registravam em nomes de laranjas e davam o golpe do seguro desemprego e salário maternidade. A fraude teria gerado um prejuízo superior a R$1 milhão para os cofres públicos.
A operação
A operação foi batizada como “Vucetich”, em alusão ao argentino nascido na Croácia, Juan Vucetich, que desenvolveu e colocou pela primeira vez em prática um sistema eficaz de identificação de pessoas mediante suas impressões digitais.
Na primeira fase da operação, em dezembro passado, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência e no posto de identificação onde trabalhava o servidor público em Rancho Alegre D´Oeste, bem como, em um escritório de contabilidade em Maringá. Na ocasião foram apreendidos computadores, celulares e documentos.
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