A diretoria da Associação Paranaense dos Centros Esportivos (APACE) se reuniu na manhã desta terça-feira (12) com membros do Comitê de Técnica e Ética Médica da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba. O objetivo da conversa, que durou duas horas, foi de convencer as autoridades de que o setor está preparado para atender as pessoas interessadas em praticar esportes. A decisão de uma possível liberação ficou para os próximos dias, ou seja, por enquanto a atividade está suspensa por decreto municipal que foi prorrogado por mais 15 dias na última sexta-feira (8).

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Márcio Bittar, 38 anos, é conselheiro da APACE e proprietário da cancha Dono da Bola, no bairro Uberaba. Acompanhou de perto a reunião e acredita que a posição da associação é coerente em querer que os espaços voltem a ser preenchidos pelas pessoas que procuram o esporte como opção de saúde.

“Tivemos a oportunidade de expor nossa situação. Ficou decidido que vamos aguardar a resposta que deve vir no máximo até sexta-feira com uma possível flexibilização. Não é nada certo, mas eles entenderam nosso protocolo sanitário e aguardamos a autorização para retornar as nossas atividades”, comentou Bittar.

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As regras sanitárias da Apace foram baseadas em um compilado de medidas adotadas em outras cidades do Brasil. Entre as medidas, além do uso de máscara e álcool gel, estão a obrigatoriedade de medição de temperatura, proibição de torcida, pedido para que crianças não acompanhem os pais nas quadras, proibição do uso de vestiário, proibição do uso de coletes e intervalo de 10 a 15 minutos entre um jogo e outro para evitar que grupos diferentes se aglomerem nas quadras. Em algumas cidades da região metropolitana de Curitiba, a atividade está liberada, o que causa estranhamento para os proprietários dos espaços na capital.

“Em vários municípios da região metropolitana estão funcionando e o limite para cada cidade pode ser uma rua. Outra queixa nossa é que praticamente tudo está funcionando, inclusive em alguns setores que podem transmitir ainda mais o vírus”, disse o dono da Dono da Bola.

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NA UTI

Na maioria dos centros esportivos, o espaço é grande e precisa de funcionários para atender os clientes. Em média, os terrenos têm em torno de 10 mil metros e tem o custo de um possível aluguel ou mesmo de IPTU. Com o fechamento dos portões, o dinheiro não entra. “ Posso dizer que o quadro é coletivo e estamos no gargalo.  Não tem como uma empresa ficar fechada seis meses em menos de um ano. A minha empresa está na UTI e não tem mais como piorar. Só não entendo o decreto que libera 25 pessoas para estar no mesmo local e não pode 12 na quadra”, desabafou Bittar.