Conselheiros comunitários

Centro Seguro: projeto de Curitiba conta com ‘experts’ em segurança comunitária

Foto: Ricardo Marajó / SMCS.

Começou nesta segunda-feira (17) em Curitiba a operação Centro Seguro, para reforçar o policiamento e aumentar a segurança na região central da cidade. A ação faz parte das atividades de revitalização do centro – um problema que possivelmente será um dos maiores desafios da gestão de Eduardo Pimentel -, e conta com muitos colaboradores, desde poderes públicos até os Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs).

A decisão de envolver os Consegs surge depois que os representantes dos bairros reclamaram da falta de participação nas decisões da cidade. O tema foi levantado na Carta para Curitiba do Futuro – projeto desenvolvido com a Tribuna durante 2024 que listou uma série de pedidos e sugestões voltados para quem assumisse a administração pública em 2025.

Além dos Consegs estão nos bastidores Guarda Municipal (GM), Fundação de Ação Social (FAS), secretarias municipais de Meio Ambiente, Obras Públicas e Urbanismo, e também as polícias Militar, Civil e Penal.

Em entrevista para a Tribuna do Paraná, o secretário municipal de Defesa Social e Trânsito, Rafael Vianna, afirmou que será um trabalho extenso, envolvendo muitas pessoas. Ele também aposta na mobilização social como contribuinte na diminuição dos índices criminais, não somente no Centro de Curitiba, mas em toda a cidade.

“A gente busca estimular essa participação social para que haja aplicação concreta de uma estratégia que é chamada na criminologia de endurecimento dos alvos. Ou seja, com a participação social [as pessoas] se tornam alvos mais difíceis de serem abordados por criminosos. Elas ajudam em diversos aspectos que diminuem as oportunidades para o crime”.

Como parte da estratégia adotada pela nova gestão, um simpósio com os Consegs para fortalecer as relações entre o poder público e a iniciativa de segurança será realizado dia 21 de fevereiro. “O objetivo é que tenha essa proximidade com a população e com a sociedade civil organizada porque não tem uma solução mágica para o Centro da cidade e nem para a criminalidade. Então a gente precisa dessa participação de todos”, disse Vianna.

Nem toda pessoa vulnerável é criminosa

Sobre a atuação da Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito na operação Centro Seguro, Vianna destacou algumas atividades e prometeu ações eficientes de segurança. Ele afirmou que a GM fará uma integração com outras forças policiais e acompanhará os agentes sociais da FAS, “para que eles possam dar atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade de maneira segura, tranquila, sem risco à própria integridade física”.

Outro objetivo da pasta é identificar quem são as pessoas que estão frequentemente no Centro. Se são pessoas em situação de vulnerabilidade ou se estão envolvidas em atividades criminosas.

“Se estiverem pessoas criminosas, que se aproveitam das pessoas em vulnerabilidade ou em situação de rua, da fragilidade dessas pessoas para cometer delitos, elas vão ser presas se tiver mandado de prisão em aberto. Ou se estiverem cometendo crimes, vão ser presas em flagrante também. Então a gente vai fazer esse monitoramento e evidentemente tentar identificar as quadrilhas que atuam no centro da cidade para que sejam presas e que esses crimes deixem de acontecer”, afirmou Vianna.

Como a Coordenadoria de Segurança das Edificações faz parte da Secretaria de Defesa Social e Trânsito, outra ação prevista para ocorrer dentro da operação Centro Seguro são vistorias nos imóveis antigos e históricos da região. Um dos projetos de Pimentel prevê a ocupação desses prédios. Por isso a vistoria é importante para verificar se há risco de desabamento.

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