Até 2020 a Caximba, área conhecida pelo aterro sanitário que deixou de receber lixo em 2010, vai virar o mais novo bairro ecológico de Curitiba. A promessa veio em postagem recente do prefeito Rafael Greca (PMN) nas redes sociais, que mostra que o projeto já está pronto, mas não sai do papel completamente por falta de recursos.

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Ele escreve: “Estamos avançando na busca de financiamento para grande projeto de um Bairro Novo Ecológico ali [Caximba]. Me aguardem.”

O gabinete do prefeito confirma a existência do projeto para a reportagem, mas não revela detalhes. O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) diz que ainda não tem autorização para divulgar o projeto de reurbanização das vilas da Caximba.

A coordenação do projeto dentro do Ippuc está sob responsabilidade do arquiteto gaúcho Mauro Magnabosco, que já presidiu a instituição curitibana de 1994 a 1996.

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A intenção de realizar benfeitorias no bairro ficou clara desde 12 de julho deste ano, quando Greca assinou o Decreto nº 688, que criou o Setor Especial de Habitação de Interesse Social – Regularização Fundiária da Caximba, para transformar as vilas 29 de Outubro, Dantas, Espaço Verde e Primeiro de Setembro.

Com o decreto, a prefeitura pode fazer melhorias na região sem impedimentos legais, já que compreende a Área de Proteção Permanente do Rio Barigui, a Área de Proteção Ambiental do Iguaçu e uma área reserva de refúgio da vida selvagem (macaco bugio, no caso).

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Desde então, como revelam diversas notícias do site da prefeitura, já foram feitos cadastramento de moradores em programas sociais, mutirões de saúde, emissão de documentos, doação de roupas e cestas básicas, encaminhamentos para vagas de emprego, limpeza de lixo irregular, entre outras.

Segundo estimativa da Regional Tatuquara, cerca de 3 mil famílias vivem na ocupação da Vila 29 de Outubro, uma das primeiras a receber as atividades da prefeitura, que se transformou em foco de uma série de atividades irregulares, como descarte de caçambas de caliça e venda ilegal de terrenos. Muitos imóveis foram construídos em cima dessa base, tornando as condições insalubres, com risco de alagamento permanente.

“A meta a longo prazo é ambiciosa: dotar a região com nível adequado de condições urbanísticas, sociais e ambientais”, afirma nota da prefeitura disponível em sua agência de notícias. Porém, o temor da atual gestão é que, com o anúncio das melhorias, mais invasões ocorram, prejudicando o futuro dos atuais moradores e o projeto.

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