Nesta segunda-feira (23), o Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou à Justiça o humorista Marcelo Alves dos Santos pelo assassinato da miss baiana Raíssa Suelen Ferreira da Silva. Ele foi indiciado pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) e está preso preventivamente desde o dia 9 de junho, quando confessou o crime.
A denúncia inclui os crimes de feminicídio — com agravantes por asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima —, ocultação de cadáver e fraude processual. O filho de Marcelo, Dhony de Assis, também foi denunciado por fraude processual e ocultação de cadáver.
Dhony segue sendo investigado por uma possível participação direta no feminicídio. A conclusão do inquérito está prevista para até 30 dias. Ele está preso preventivamente desde a última quarta-feira (18).
As investigações indicam que a vítima conhecia Marcelo desde a adolescência e tinha com ele uma relação de confiança, chegando a vê-lo como uma figura paterna. Movida por promessas de melhores oportunidades de trabalho, feitas por ele, Raíssa se mudou para Curitiba.
No dia do crime, sob o pretexto de uma viagem para São Paulo, onde supostamente buscariam novas oportunidades, Marcelo levou Raíssa até sua residência. Lá, ela foi assassinada por asfixia após rejeitar investidas do agressor.
O corpo foi transportado até uma área de mata em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. O veículo utilizado na ocultação do cadáver, que não pertencia a Marcelo, foi emprestado por Dhony. Na tentativa de esconder o assassinato, Marcelo e o filho teriam alterado a cena do crime para apagar vestígios.
