Mais uma vez, o caso Daniel está ainda mais longe de chegar ao fim. O juiz Marcos Takao Toda deixou o processo que irá julgar os réus envolvidos no assassinato do jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas após se declarar suspeito.
De acordo com o G1 Paraná, Takao Toda é o terceiro juiz a se afastar do caso. Antes dele, o juiz Diego Paolo Barausse também se declarou suspeito. Já a juíza Luciani Regina Martins de Paula deixou o caso após declarar impedimento.
Em nota, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) informa que “está em andamento o expediente que nomeará o magistrado que assumirá o caso. Isso deve ocorrer já nos próximos dias”.
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Caso Daniel completa cinco anos
O caso que ganhou repercussão nacional já completou cinco anos, mas ainda não há uma data para o julgamento dos acusados do crime.
Daniel Corrêa Freitas foi morto em 27 de outubro de 2018, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O jogador de futebol tinha 24 anos e era de Juiz de Fora (MG). No Paraná, jogou pelo Coritiba em 2017.
O crime aconteceu depois da festa de aniversário de 18 anos de Allana Brittes, que aconteceu em uma balada de Curitiba onde Daniel também estava. Quando os participantes resolveram continuar a festa na casa da família Brittes, o jogador foi junto.
De acordo com o depoimento de Edison Brittes, pai de Allana e assassino confesso do jogador, Daniel teria tentado estuprar a esposa dele, Cristiana Brittes e, por isso, ele teria matado o jovem. Entretanto, a polícia descartou a tentativa de estupro na conclusão do inquérito.
O jogador foi encontrado morto na manhã do dia 27 de outubro, em um matagal em São José dos Pinhais. O corpo de Daniel tinha marcas de tortura e laudos do Instituto Médico Legal (IML) concluíram que a causa da morte foram as facadas no pescoço.
Réus do caso Daniel
Após a conclusão do inquérito policial, sete pessoas viraram réus pela morte de Daniel:
- Edison Brittes Jr.: assassino confesso do atleta, indiciado por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menor e coação do curso do processo;
- Cristiana Brittes: indiciada por homicídio qualificado, coação de testemunha e fraude processual;
- Allana Brittes: indiciada por coação de testemunha e fraude processual;
- Eduardo da Silva: indiciado por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor;
- Ygor King: homicídio triplamente qualificado e ocultação do cadáver;
- David Willian da Silva: homicídio triplamente qualificado e ocultação do cadáver;
- Eduardo Purkote: indiciado por lesões corporais graves.