A Casa da Mulher Brasileira completa 120 dias de funcionamento neste sábado (15). Desde o início das atividades, foram registrados 3.453 encaminhamentos, com atendimento de 2.147 mulheres vítimas de violência.
A maior parte das denúncias é de agressão física e psicológica, seguidos por relatos de violência moral, sexual e patrimonial. Além de moradoras de Curitiba, a Casa da Mulher Brasileira recebeu vítimas de 19 municípios da região metropolitana. Foram 116 encaminhamentos de outras cidades.
Em casos extremos, em que se comprove que a mulher corre risco de morte, a Casa da Mulher Brasileira oferece acolhimento de passagem por até 48 horas, enquanto os serviços integrados agilizam o processo para que ela volte o mais rápido possível à sua residência, sem a presença do agressor.
Nestes 4 meses, 618 mulheres passaram pelo atendimento psicossocial e 28 foram acolhidas no alojamento provisório. Houve ainda 28 encaminhamentos de vítimas para casas de parentes, abrigo ou retorno seguro para a própria casa. A brinquedoteca recebeu 209 crianças enquanto as mães eram atendidas.
No setor de apoio financeiro e autonomia, com o apoio da Agência Curitiba e da Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego, 39 mulheres foram encaminhadas para entrevistas de emprego. A mulher que desejar terá acesso também a assessoria econômico-financeira, para superar a dependência em relação ao agressor e romper o ciclo de violência.
Na Defensoria Pública, 913 mulheres receberam atendimento jurídico, técnico e por telefone pela equipe que atua no local, formada pelo defensor público, assistente social, psicólogo e estagiários.
No posto do Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher foram expedidas 1.164 intimações de medidas protetivas de urgência e entregues 801 notificações aos agressores. Nos casos de risco pela aproximação, presença do agressor ou reincidência, a Patrulha Maria da Penha cumpre o trâmite legal com urgência.
Das medidas protetivas de afastamento do agressor, noticiadas pelos oficiais do Juizado que atua na Casa da Mulher Brasileira de Curitiba, a Patrulha Maria da Penha está acompanhando 147 mulheres em situação de risco. A Patrulha é uma ação integrada da Secretaria Municipal da Mulher e da Guarda Municipal, em parceria com o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), e atende às vítimas de violência doméstica que possuem medidas protetivas expedidas pelo Judiciário. Desde março de 2014, mês da criação da unidade, mais de 7.430 mulheres foram atendidas pelo serviço municipal.
A partir do momento que o agressor é notificado e afastado do lar, a Patrulha Maria da Penha entra em operação para monitorar as vítimas vulneráveis. “A rápida expedição das medidas protetivas de urgência e o encaminhamento da vítima para os serviços da rede de atendimento que atuam dentro da Casa da Mulher Brasileira são fundamentais na proteção dos direitos e da integridade física e psíquica das mulheres que sofrem com os diferentes tipos de violências”, observa a secretária municipal da Mulher, Roseli Isidoro.