A Rede de Monitoramento Covid Esgotos publicou uma nota de alerta nesta quinta-feira (05) para Curitiba. O motivo é um forte aumento na carga de covid-19 no esgoto da capital nas últimas três semanas. De acordo com o estudo, esse crescimento foi acompanhado também pela elevação do número de novos casos da doença na cidade.
Segundo a nota, os dados da carga da covid-19 para Curitiba foram obtidos pela soma das cargas de cinco Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) monitoradas, que juntas abrangem toda população da capital paranaense e uma parte dos moradores da região metropolitana. Os valores encontrados são de quatro a seis vezes superior ao que foi registrado na semana do dia 12 de abril.
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A nota do estudo sugere que o aumento sucederam os feriados prolongados no dias 15 de abril (Sexta-Feira da Paixão) e 21 de abril (Tiradentes).
Não há transmissão de covid-19 pelo esgoto
O professor Ramiro Gonçalves Etchepare, do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e um dos pesquisadores da Rede Monitoramento Covid Esgotos, reforça que não há evidências sobre a possibilidade de transmissão do Sars-CoV-2 por meio do esgoto. “Não há relatos documentados de que o vírus tenha capacidade de infecção e replicação quando presente em resíduos fecais, esgoto sanitário e na água. Pesquisas indicam que nunca foi descrita infecção por Covid-19 por esses meios de exposição”.
Sobre a Rede Monitoramento COVID Esgotos
A Rede Monitoramento Covid Esgotos foi criada com intuito de ampliar a disponibilidade de informações para o enfrentamento da pandemia de Covid-19 por meio do monitoramento do Sars-CoV-2 nos esgotos das capitais brasileiras Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e do Distrito Federal. A Rede é coordenada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações de Tratamento de Esgotos Sustentáveis (INCT ETEs Sustentáveis) e pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Em Curitiba, especificamente, o projeto é coordenado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e conta com o apoio da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).